Segunda, 28.
Trump exulta com a morte do criminoso Bakr
al-Baghdadi, líder misterioso do Daesh. Estive a ver ontem em directo o seu
anúncio e a impressão com que fiquei foi que para Donald Trump o homem é o
estandarte que ergue num qualquer comício que o levará à Casa Branca de novo.
Todos os pormenores sinistros e até macabros sobre o fim do sanguinário, foram
explicados por um Trump orgulhoso da missão que afinal não chegou a ser. Porque
Baghdadi como Hitler e outros que tais, vive com uma língua de fogo colada ao
corpo e pronta a explodir antes da desonra da captura. Foi o caso. Baghdadi,
vendo-se cercado, accionou o colete de explosivos que o fez instantaneamente em
mil pedaços. Um fracasso para os heróis americanos. Um outro líder já jurou
morrer pela causa que estou certo irá recrudescer ainda mais em violência.
- Antes de a chuva começar a cair, ateei fogo aos três montes de
resíduos vegetais do Verão, dos onze que o Brejnev construiu com as podas, os
restos de madeira carcomida, folhas e erva mortas e assim. Quero deixar tudo
impecável antes de partir e nestes derradeiros dias consagrar-me inteiramente
ao último capítulo e epílogo do romance. O tempo contribui para isso, com o
isolamento da casa no meio do nevoeiro denso.
- A par disso, vou dando utilidade aos muitos medronhos que colho todos
os dias. Esta tarte caseira – massa e iogurte – que decerto não terá um aspecto
por aí além, é, contudo, saborosíssima. De seguida, se tiver tempo e paciência,
vou fazer compota. Como se vê, trabalho nesta casa não falta e quando ouço
dizer a novos e velhos que a vida é uma
chatice, devolvo-lhes o convite para me baterem ao ferrolho.
- A novela do Brexit teve mais um adiamento. Dizem os que estão
sentados nos tronos do dinheiro em Bruxelas que é o derradeiro. Mas Boris que é
mais esperto que todos na tarda marca eleições e sai vencedor.
- Por cá é a miséria habitual. O MP acusou 21 pessoas singulares e 8 colectivas
por uma série de crimes: corrupção, abuso de poder, falsificação, peculato,
enfim, o costume. Entre os acusados, o mais importante, é um tal Melchior
Moreira, presidente do Turismo no Norte. A acção que agora chegou ao fim, foi
dado o nome de Operação Éter. Quererá
a denominação dizer que tudo se vai evaporar como tantas acusações do Ministério
Público – espremido fica nada. Quando muito a vergonha do organismo da Justiça.
Vejamos como vai acabar o folhetim José Sócrates que hoje retoma o caminho do
tribunal.