segunda-feira, outubro 28, 2019

Segunda, 28.
Trump exulta com a morte do criminoso Bakr al-Baghdadi, líder misterioso do Daesh. Estive a ver ontem em directo o seu anúncio e a impressão com que fiquei foi que para Donald Trump o homem é o estandarte que ergue num qualquer comício que o levará à Casa Branca de novo. Todos os pormenores sinistros e até macabros sobre o fim do sanguinário, foram explicados por um Trump orgulhoso da missão que afinal não chegou a ser. Porque Baghdadi como Hitler e outros que tais, vive com uma língua de fogo colada ao corpo e pronta a explodir antes da desonra da captura. Foi o caso. Baghdadi, vendo-se cercado, accionou o colete de explosivos que o fez instantaneamente em mil pedaços. Um fracasso para os heróis americanos. Um outro líder já jurou morrer pela causa que estou certo irá recrudescer ainda mais em violência. 

         - Antes de a chuva começar a cair, ateei fogo aos três montes de resíduos vegetais do Verão, dos onze que o Brejnev construiu com as podas, os restos de madeira carcomida, folhas e erva mortas e assim. Quero deixar tudo impecável antes de partir e nestes derradeiros dias consagrar-me inteiramente ao último capítulo e epílogo do romance. O tempo contribui para isso, com o isolamento da casa no meio do nevoeiro denso. 

         - A par disso, vou dando utilidade aos muitos medronhos que colho todos os dias. Esta tarte caseira – massa e iogurte – que decerto não terá um aspecto por aí além, é, contudo, saborosíssima. De seguida, se tiver tempo e paciência, vou fazer compota. Como se vê, trabalho nesta casa não falta e quando ouço dizer a novos e velhos que  a vida é uma chatice, devolvo-lhes o convite para me baterem ao ferrolho.



         - A novela do Brexit  teve mais um adiamento. Dizem os que estão sentados nos tronos do dinheiro em Bruxelas que é o derradeiro. Mas Boris que é mais esperto que todos na tarda marca eleições e sai vencedor.


         - Por cá é a miséria habitual. O MP acusou 21 pessoas singulares e 8 colectivas por uma série de crimes: corrupção, abuso de poder, falsificação, peculato, enfim, o costume. Entre os acusados, o mais importante, é um tal Melchior Moreira, presidente do Turismo no Norte. A acção que agora chegou ao fim, foi dado o nome de Operação Éter. Quererá a denominação dizer que tudo se vai evaporar como tantas acusações do Ministério Público – espremido fica nada. Quando muito a vergonha do organismo da Justiça. Vejamos como vai acabar o folhetim José Sócrates que hoje retoma o caminho do tribunal.