Quarta, 30.
Estou a favor das posições de Rosa Mota
e contra o discurso populista de Marcelo talvez proferido depois do almoço. Que
a medalhada se tenha insurgido pelo facto de o capital querer dominar tudo e
todos, a ponto de chamar ao pavilhão com o seu nome Super Bock, é absolutamente
natural e revela a garra que a atleta ainda possui; agora que o Presidente da
República venha dizer que “Rosa Mota é mais importante que todos os governos ou
presidentes de Portugal” é uma boutade
à Marcelo, insuportável como tantas outras que saem da boca de sua excelência.
Melhor fora que não falasse tanto.
- Mas o homem anda já em pré-campanha. Aquela dos jogadores irem a Belém
botar discurso não lembra ao careca. Não nos chega já todos os canais estarem
24 sobre 24 horas a descarregar, numa linguagem primária e incompreensível, convencidos
que são professores universitários versados na cátedra de um saber exotérico, o
muito que têm para dizer os tatibitates dos treinadores, ainda se soma a sarna
mais do mesmo directamente do Palácio de Belém! Chiça não há paciência!
- A coisa parece simples. Boris saiu aparentemente derrotado no
Parlamento britânico ao ter que retirar o seu acordo do Brexit. De imediato propôs eleições antecipadas e se as ganhar
dispensa a maioria de dois terços ou seja fica com o caminho aberto para a
vitória. Isto se no dia 12 de Dezembro o povo fizer confiança nele.
- O povo libanês conseguiu correr com o Governo corrupto que o mantinha
na miséria. Fê-lo nas ruas enfrentando a carga da polícia ao serviço do ditador
primeiro-ministro. Esta revolta popular, parece interiorizada em vários povos,
que assim conseguem fazer democracia afastando aqueles que em seu nome se
governam.