Sábado, 30.
O
jornal Púbico dizia outro dia que com a chegada da troika a Portugal, partiram
para os paraísos fiscais 10 mil milhões de euros! O Estado, este e todos os
outros, têm os montantes, os nomes das firmas e dos particulares, e nada fazem.
Primeiro, porque muitos dos que fogem ao fisco e possuem dinheiro do crime, são
políticos; segundo, porque é mais fácil aplicar programas de austeridade sobre
o povo indefeso, que atacar os prevaricadores. Até quando? Por mim, enquanto o
estado de coisas for este, nunca deixarei de apoiar os tumultos, as revoltas, a
exigência de salários elevados, de reformas dignas, de saúde pública e educação
condignas, e se preciso for correr pela força esta canalha que anda à solta
porque crê que o povo é sereno.
- O escritor
é um universo que não se franqueia facilmente.
- Esta ideia de juntar na estrada bicicletas e automóveis e assim querer
pôr ambos em harmonia como nos tempos em que a carroça viajava a par das duas
rodas, parece-me uma idiotice. Eu acho que faz mais sentido construir ciclobornos
para os amantes dos velocípedes, que juntá-los num despique perigoso. Na
estrada são dois inimigos que se desafiam, sendo certo que é o ciclista que
perde. Sujeitar uma fila de automobilistas à velocidade dos condutores de
bicicletas não faz sentido. Mas neste como em tantos outros domínios, é a moda
com os seus animadores de serviço que impõe as regas.