Sexta, 30.
Voltando à obra que a Maria José está a
criar representando Jesus Cristo vitorioso. Ao observá-la no seu labor
concentrado, não deixei de pensar que aquele Cristo é desde tempos imemoriais o
Deus de rosto humano, tal como o representaram os primeiros artistas gregos e
romanos ao seu jeito, transformando-se no séc. IV na imagem que hoje veneramos Essa
perpetuação, foi sendo traçada de pintor em pintor, de século em século, até aos
nossos dias. A própria Maria José tinha no seu atelier uma série de fotocópias
a cores de pinturas antigas a que se apoiava, ou seja, tomava o testemunho que
o Sudário de Turim certificou e foi venerado desde o séc. XIV. Quando em 1898
foi conhecido o negativo da imagem de um homem crucificado impresso no pano sagrado, todos reconheceram as semelhanças com
Jesus de Nazaré. Talvez tenha partido do Filho de José e Maria a representação
de Deus, porque o homem na sua recognição terrena, através dos tempos, embora
não havendo ninguém igual (Deus como já aqui disse concebeu-nos um a um e não
em série), muitas são as parecenças entre pais e filhos. A partir daí, Deus
tomou as feições humanas ainda que ninguém conheça o seu rosto – se rosto Deus
possui. Não resisto a transcrever parte do texto de François Mauriac que atesta
da honorabilidade do Santo Sudário: Par
une filiation mystérieuse, presque toutes les images du Christ triomphant qu´inventeront
les peintres procèdent de ce dessin mystérieux, enseveli dans le saint suaire,
et dont aucun des artistes innombrables qui le reproduisirent ne soupçonnait
l´existence. A minha amiga em nossos dias.
- Um garoto de catorze anos, munido de uma arma, disparou sobre os
colegas de uma escola e tornou a casa para telefonar para aos avós, num pranto,
dizendo que tinha matado o pai. Em que continente é que este crime insensato
teve lugar? Onde poderia ser senão nos Estados Unidos.