sexta-feira, setembro 30, 2016

Sexta, 30.
Voltando à obra que a Maria José está a criar representando Jesus Cristo vitorioso. Ao observá-la no seu labor concentrado, não deixei de pensar que aquele Cristo é desde tempos imemoriais o Deus de rosto humano, tal como o representaram os primeiros artistas gregos e romanos ao seu jeito, transformando-se no séc. IV na imagem que hoje veneramos Essa perpetuação, foi sendo traçada de pintor em pintor, de século em século, até aos nossos dias. A própria Maria José tinha no seu atelier uma série de fotocópias a cores de pinturas antigas a que se apoiava, ou seja, tomava o testemunho que o Sudário de Turim certificou e foi venerado desde o séc. XIV. Quando em 1898 foi conhecido o negativo da imagem de um homem crucificado impresso no pano sagrado, todos reconheceram as semelhanças com Jesus de Nazaré. Talvez tenha partido do Filho de José e Maria a representação de Deus, porque o homem na sua recognição terrena, através dos tempos, embora não havendo ninguém igual (Deus como já aqui disse concebeu-nos um a um e não em série), muitas são as parecenças entre pais e filhos. A partir daí, Deus tomou as feições humanas ainda que ninguém conheça o seu rosto – se rosto Deus possui. Não resisto a transcrever parte do texto de François Mauriac que atesta da honorabilidade do Santo Sudário: Par une filiation mystérieuse, presque toutes les images du Christ triomphant qu´inventeront les peintres procèdent de ce dessin mystérieux, enseveli dans le saint suaire, et dont aucun des artistes innombrables qui le reproduisirent ne soupçonnait l´existence. A minha amiga em nossos dias.


         - Um garoto de catorze anos, munido de uma arma, disparou sobre os colegas de uma escola e tornou a casa para telefonar para aos avós, num pranto, dizendo que tinha matado o pai. Em que continente é que este crime insensato teve lugar? Onde poderia ser senão nos Estados Unidos.