Quarta, 14.
O futebol é como
a política: só se descobrem os podres quando acontece um qualquer deslize. Foi
o caso com o jogador do Benfica emprestado a um clube julgo que grego. Ao
abrigo de mais um campeonato que a FIFA organiza para manter os cofres sempre a
abarrotar, o clube lisboeta encontrou-se no seu próprio campo com aquele para
onde enviou o atleta de nome Talisca. No derradeiro minuto da partida, quando o
lisboeta estava a ganhar por um a zero, Talisca marca o golo de empate surripiando
deste modo um milhão de euros ao seu anterior clube. Falta um pequeno pormenor
que nos recentra a história e mostra que a vingança serve-se gélida: o Benfica
não havia pago o último salário ao jogador.
- As hostes do PSD tocaram a reunir os
barões do partido em defesa do seu elemento para eles ilustre chamado Durão
Barroso. O homem não passa de um banha-da-cobra, deixou o Governo para ir
anafar de honras e gordura em Bruxelas, fez um mandato medíocre, baseado nas
relações intriguistas, serpenteando ao sabor das conveniências e interesses dos
mais fortes, trabalhando sem se mexer, para que tudo fosse flutuando ao gosto
das marés pacíficas e o resultado foi um tremendo retrocesso no processo
harmonioso dos povos que constituem a União Europeia. Antes, como ministro dos
Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro, foi um desastre que aproveitou para
enriquecer os seus amigos a gozar do prestígio e da riqueza deles. Lembro-me,
por exemplo, daquele empresário ricaço que tem domínios e iates no Brasil e sem
pudor ele foi a Terras de Vera Cruz usufruir. Todo o percurso pessoal do homem
é marcado pelo aproveitamento. Começou no MRPP e acabou presidente da Comissão
Europeia. O clã dele, quer passar a ideia de que a atitude de Jean-Claude Juncker
em o reduzir a um simples e sinistro “representante de interesses”, tem em
vista afastar António Guterres do cargo de Secretário-Geral das Nações Unidas.
Como se fosse possível comparar um com o outro! A cegueira destes tipos é
sarna!