sábado, setembro 10, 2016

Sábado, 10.
Ouvi com atenção a entrevista que o juiz Carlos Alexandre deu à SIC. De primeira água, não só o homem como as ideias e os princípios expostos. Que discurso limpo, vertical, honesto, corajoso! A Magistratura tem muita sorte em ter um homem daquele quilate e Portugal um cidadão exemplar que devia venerar e honrar. Os Sócrates, os Duarte Limas, os Ângelo Correia, os Armados Vara, os Dias Loureiro, os Jardim Gonçalves, os Ricardos Salgado, os Oliveiras e Costa, os Cadilhe, os Zeinal Baba, os António Mexia, a quase maioria dos deputados, presidentes de câmara, e tantos tantos outros que ao lado daquele Homem são vermes verdes, verdes como a raiva e o ódio que derramam pela nação portuguesa.

         - Os fogos são a maior tragédia deste verão. Estão por todo o lado e dizimam a floresta de Norte a Sul. Agora é o Algarve que atrai centenas de bombeiros, numa luta sem tréguas, noite e dia. Portugal é notícia – como foi o caso ontem no canal 2 da televisão francesa – devido aos incêndios devastadores. Pena que sejam os bens dos portugueses a arder e não o desleixe, os interesses e o laxismo das políticas levadas a cabo por autarcas e governo central corruptos.


         - Deu-se ontem um facto engraçado. A semana passada, pelo telefone, combinei um almoço rotineiro com a minha velha amiga Alzira. A meio do repasto, volta que não volta, o meu portátil tocava. Eram amigos a felicitar-me pelo meu aniversário que eu esquecera quando concertei o encontro com ela. A princípio tentei disfarçar. Depois, num descuido de graça, a Alzira apercebeu-se e o almoço passou a ter outro objectico. A realidade porém, é esta: à saída da adolescência deixei de considerar o dia dos meus anos um caso importante e se não fossem os outros a lembrar-me, passaria em branco. Seja como for, devo um agradecimento a todos os que tiveram a amabilidade de mo recordar, a começar pela equipa da Foz às oito da manhã e a terminar nos Couto pelas onze da noite.