Sábado, 10.
Ouvi com atenção a entrevista que o juiz
Carlos Alexandre deu à SIC. De primeira água, não só o homem como as ideias e
os princípios expostos. Que discurso limpo, vertical, honesto, corajoso! A
Magistratura tem muita sorte em ter um homem daquele quilate e Portugal um
cidadão exemplar que devia venerar e honrar. Os Sócrates, os Duarte Limas, os Ângelo
Correia, os Armados Vara, os Dias Loureiro, os Jardim Gonçalves, os Ricardos
Salgado, os Oliveiras e Costa, os Cadilhe, os Zeinal Baba, os António Mexia, a
quase maioria dos deputados, presidentes de câmara, e tantos tantos outros que ao
lado daquele Homem são vermes verdes, verdes como a raiva e o ódio que derramam
pela nação portuguesa.
- Os fogos são a maior tragédia deste verão. Estão por todo o lado e
dizimam a floresta de Norte a Sul. Agora é o Algarve que atrai centenas de
bombeiros, numa luta sem tréguas, noite e dia. Portugal é notícia – como foi o
caso ontem no canal 2 da televisão francesa – devido aos incêndios devastadores.
Pena que sejam os bens dos portugueses a arder e não o desleixe, os interesses
e o laxismo das políticas levadas a cabo por autarcas e governo central
corruptos.
- Deu-se ontem um facto engraçado. A semana passada, pelo telefone,
combinei um almoço rotineiro com a minha velha amiga Alzira. A meio do repasto,
volta que não volta, o meu portátil tocava. Eram amigos a felicitar-me pelo meu
aniversário que eu esquecera quando concertei o encontro com ela. A princípio
tentei disfarçar. Depois, num descuido de graça, a Alzira apercebeu-se e o
almoço passou a ter outro objectico. A realidade porém, é esta: à saída da
adolescência deixei de considerar o dia dos meus anos um caso importante e se
não fossem os outros a lembrar-me, passaria em branco. Seja como for, devo
um agradecimento a todos os que tiveram a amabilidade de mo recordar, a começar
pela equipa da Foz às oito da manhã e a terminar nos Couto pelas onze da noite.