Quinta, 15.
A rede está lançada o que significa que
José Sócrates ainda possui peixe miúdo e graúdo no mar, que digo eu, nos mares
onde em dez anos lançou uma vasta chusma de polvos de toda a espécie e compleição.
Exige a saída do juiz Carlos Alexandre do processo que o tem por centro de um
universo de crimes vários, porque se sentiu atingido com as palavras do
magistrado à SIC. Eu sou dos que dou razão ao juiz, ele que há anos andava a
ser enxovalhado na praça pública, nunca abrira a boca em sua defesa, enquanto
Sócrates deu entrevistas a jornais, às televisões, escreveu artigos, outros por
ele se manifestaram, era portanto natural e legítimo que Carlos Alexandre
dissesse de sua justiça. Agora, trabalha um pelotão de gente, no sentido de o
atingir quanto à demora das investigações. Esquecendo-se que o
ex-primeiro-ministro teve muitos anos para expandir influências, tornear
obstáculos, impor vontades, sacudir do caminho aqueles que não estiveram dispostos
a cobrir actos e acções, fez decretos-lei para socorrer os amigos com dinheiro
lá fora, etc., etc. Que são três anos no estudo de uma teia sinistra, que vai
muito para lá das nossas fronteiras, assaz bem montada! Como pode o homem pensar
que os magistrados e os portugueses são tão estúpidos que engulam os
empréstimos de milhões dos amigos! Estará a criatura em seu perfeito estado
mental? Ou a inatividade paga pelo Estado, perdão, por todos nós, no montante
de 2.372,05 euros mensais, é uma gorjeta que ele despacha em almoços e jantares
no conluio de que sempre foi mestre!