quinta-feira, abril 07, 2016

Quinta, 7.
A direita – CDS/PSD/PS – tem feito sucessivamente ronha quando se trata de encarar os offshore de frente. O statu quo interessa-lhes e por isso são tolerantes.

         - O mundo está como está e como se encontra é assustador. Toda a Europa de leste se arma com a mais moderna parafernália de guerra. Os budgets para armamento tiveram mais de 30 por cento de aumento. A ela junta-se a França, Alemanha, Inglaterra e passo. Uns por temerem o ataque da Rússia, outros as ameaças dos selvagens islâmicos. Com isto, pensam todos em reduzir ou anular as liberdades de que as democracias fazem a principal bandeira. O clima não e ainda o que antecedeu a Segunda Guerra, mas há qualquer coisa no ar que se instala.  

         - Avanço na revisão do romance. Tenho conseguido trabalhar um capítulo por dia. Diversas alterações vão sendo introduzidas a primeira e mais significativa a mudança do título (ainda não definitivamente encontrado) a par de outra estruturação narrativa. Ontem e hoje, alguma resplendência na rama da descrença que me tomou terça-feira.


         - Depois de duas horas de leitura (A Viagem a Itália de Goethe e Manuel d´Épictète na versão dos clássicos da Garnier), perdi-me em pensamentos e deixei o cérebro correr e a vista estender no horizonte que abarcava de debaixo do telheiro. A sombra das oliveiras projectada no relvado fresco, levaram-me para longe, para essas tardes quentes quando tudo se imobiliza em lugar nenhum e a vida brota em consolação ao nosso encontro. No ciclorama de verde quando o vento se escapava por entre os dedos dos ramos, as florinhas da Callistemon com seus vermelhos bruxuleantes, senti que a existência pode ser a troca de um olhar como se nos víssemos ao espelho.