domingo, outubro 20, 2019

Domingo, 20.
Eu não comungo das tragédias que são atribuídas ao Brexit e a Boris Johnson. Os ingleses sempre foram um povo capaz de todas as ousadias e de todos os desenrascanços. Por outro lado, a Inglaterra é uma das principais potências económicas e vai saber, passado o primeiro embate, sobreviver à pressão que a UE criou, não para a desarmar, mas para desencorajar outros povos a seguir-lhe os passos. Eu tenho uma grande admiração por uma democracia de longa data que sabe honrar a vontade popular. Não ignoro o que por aí se diz “que o povo foi enganado”. Até posso aceitar como verdadeiro esse princípio, mas que me digam de um político que não tenha vilipendiado com mentiras repetidas à exaustão até as transformar em verdades. Boris Johnson, apesar de alguma asneira e precipitação, tem o mérito de querer acabar com a comédia e à sua maneira impor um fim à humilhação a que os senhores eurodeputados corruptos e inúteis obrigam o povo inglês. A forma de governar que cresce por todo o lado é esta: toma lá uma côdea e cala-te. Os povos famintos não têm outra alternativa senão abaixar a cabeça.

         - Ontem chuva diluviana, enfim. O curioso é que eu durante todo o Verão nunca reguei o relvado e bastou este primeiro grande dia de água para atirar cá para fora os olhinhos verdes do tapete que circunda a zona sul da casa.


         - O filme de que se fala : Joker de Todd Phillips. Ainda estou sem combustível para escrever sobre um trabalho com todos os superlativos tanto para o realizador como para o intérprete principal, Joaquin Phoenix. É um filme dirigido a todos os políticos, especialmente àqueles obcecados pelo poder e não falo só de Trump, Putin, Jinping ping ping, Ergodan, Bolsonaro ou Kim Jong-il, penso em todos os ditos democratas que ao longo destes milhares de páginas me tenho ocupado.