segunda-feira, outubro 14, 2019

 Segunda, 14.
O Cardeal Leiria-Fátima, meteu-se pelos meandros sujos da política. Disse que era mau haver tantos portugueses a não votar e que isso era contra a democracia. Que eu o tenha dito, enfim, não estou em nenhum campo. Sua excelência tem um alto cargo eclesiástico com a incumbência de pregar o nome e ensinamentos de Deus. E Basta! Não nos esqueçamos que no tempo de Salazar e Caetano, a Igreja protegeu um mundo obscurantista e primário e reinou com príncipes não da Igreja mas do Estado Novo. Basta! Lenine dizia que se quiserem acabar com a Igreja, injectem-lhe a política. Pelos vistos, Vladimir Ilyich Ulianov, o seu verdadeiro nome, não tinha razão – a própria Igreja se encarrega disso.

         - O forte tufão Hagibis varreu literalmente o Japão. Ventos com 200 kh. levaram tudo na frente: casas, carros, pessoas e paisagem. A zona mais atingida foi Tóquio. Pelo menos 56 mortos, 200 feridos, milhares de desalojados, cerca sete milhões de pessoas foram aconselhadas a abandonar os seus lares. A fúria da natureza vingando-se do homem e da sua ganância em a explorar. 

         - Falei dos juízes, sábado passado, é altura de falar de UM juiz: Pedro Caupers. A propósito da eterna tentação dos Serviços de Informação em ter acesso à nossa privacidade, declarou o juiz: “... não me digam que a intromissão dos serviços de informação, é indispensável para que o Estado possa defender a minha segurança. Já ouvi isso noutros tempos e em outras circunstâncias. Se tivesse que escolher entre defender a minha segurança ou proteger a minha liberdade, optaria, sen hesitar pela liberdade.” Este é cá dos meus.  


         - Um amigo que encontrei por acaso no mercado de Pinhal Novo ontem e não via há uma data de anos, contou-me que teve um AVC seguido de cancro maligno no cérebro. Na sua quinta, em Azeitão, apareceram uns chineses e ofereceram-lhe seis milhões de euros. Dado o seu estado e o tempo de vida que os médicos do Santa Maria lhe prognosticaram, decidiu vendê-la. Contou-me também que o palácio onde morreu Osório de Castro passou para as mãos de chineses que vão fazer um hotel no domínio de D. Jorge, filho bastardo de D. João II. É quase certo que a sua bonita quinta, passará a alojar também uma clientela aisés.