Segunda, 14.
O Cardeal Leiria-Fátima,
meteu-se pelos meandros sujos da política. Disse que era mau haver tantos portugueses
a não votar e que isso era contra a democracia. Que eu o tenha dito, enfim, não
estou em nenhum campo. Sua excelência tem um alto cargo eclesiástico com a
incumbência de pregar o nome e ensinamentos de Deus. E Basta! Não nos esqueçamos
que no tempo de Salazar e Caetano, a Igreja protegeu um mundo obscurantista e
primário e reinou com príncipes não da Igreja mas do Estado Novo. Basta! Lenine
dizia que se quiserem acabar com a Igreja, injectem-lhe a política. Pelos
vistos, Vladimir Ilyich Ulianov, o seu verdadeiro nome, não tinha razão – a
própria Igreja se encarrega disso.
- O forte tufão Hagibis varreu
literalmente o Japão. Ventos com 200 kh. levaram tudo na frente: casas, carros,
pessoas e paisagem. A zona mais atingida foi Tóquio. Pelo menos 56 mortos, 200
feridos, milhares de desalojados, cerca sete milhões de pessoas foram
aconselhadas a abandonar os seus lares. A fúria da natureza vingando-se do
homem e da sua ganância em a explorar.
- Falei dos juízes, sábado passado, é altura de falar de UM juiz: Pedro
Caupers. A propósito da eterna tentação dos Serviços de Informação em ter
acesso à nossa privacidade, declarou o juiz: “... não me digam que a intromissão
dos serviços de informação, é indispensável para que o Estado possa defender a
minha segurança. Já ouvi isso noutros tempos e em outras circunstâncias. Se
tivesse que escolher entre defender a minha segurança ou proteger a minha
liberdade, optaria, sen hesitar pela liberdade.” Este é cá dos meus.
- Um amigo que encontrei por acaso no mercado de Pinhal Novo ontem e não
via há uma data de anos, contou-me que teve um AVC seguido de cancro maligno no
cérebro. Na sua quinta, em Azeitão, apareceram uns chineses e ofereceram-lhe
seis milhões de euros. Dado o seu estado e o tempo de vida que os médicos do
Santa Maria lhe prognosticaram, decidiu vendê-la. Contou-me também que o
palácio onde morreu Osório de Castro passou para as mãos de chineses que vão
fazer um hotel no domínio de D. Jorge, filho bastardo de D. João II. É
quase certo que a sua bonita quinta, passará a alojar também uma clientela aisés.