terça-feira, outubro 30, 2018

Quarta, 17.
Os números da pobreza no tempo do Mágico: um milhão de portugueses que trabalha, mas não sai da penúria e muitos deles dizem que passam fome. Sem falar no outro milhão que é tão pobre que a pobreza come-lhe as forças para trabalhar. Ao todo 23,3 por cento da nossa gente! É por estas e por muitas outras que eu não acredito neste governo que se diz socialista. Por ser socialista, é ainda mais responsável e não devia olhar para o lado como tem feito. O ministro Centeno em vez de pensar na sua carreira internacional, devia olhar para a realidade miserável que se arrasta de governo em governo enquanto os novos-ricos crescem como cogumelos. Todas as estatísticas que surgem em vésperas de eleições, fazendo jus ao desenvolvimento e à riqueza e bem-estar nacionais, são puro logro, pura propaganda.


         - Não quero falar da telenovela de Tancos, porque comparada com a tragédia que se abateu sobre milhares dos nossos concidadãos, essa merdelhice que não tem fim, é não só ofensiva como repugnante. Como eu aqui previ, os ecrãs de televisão, estão cheios da revolta daqueles que sofreram com o furacão Leslie. Mais uma vez, quem nos governa trata os infelizes de mentecaptos. Imaginem esta cena: há milhares de pessoas sem electricidade há vários dias, há estradas cortadas por grossas árvores que caíram com a força do vento, mas os bombeiros, as câmaras, recusam fazer o serviço de desobstrução porque estão em litígio com um qualquer organismo que reclama direitos e não sei mais o quê. Que país miserável! Dá gosto viver nesta aldeia de galos engalfinhados, não dá. A isto chamo eu subdesenvolvimento, desrespeito pelos outros e pesporrência.