sábado, março 17, 2018

Sábado, 17.
Chou-Chou revela-se como eu desde a primeira hora previ. A mim nunca o petit homme me enganou. Mas desta vez porém, é a maioria dos franceses que não votou nele, que se revela com a força a que nos habituaram. Quase um mês de greves e manifestações de descontentes por toda a França. Anotem: Macron vai acabar como pobre bonhomme que o antecedeu.  

         - A Meo declarou que vai passar a cobrar um euro a todos os clientes com facturas em papel. Dizem eles que é “numa óptica de sustentabilidade ambiental”. Que hipocrisia! São a pior companhia onde eu nunca pus os pés, e ainda por cima obrigam os clientes a mais esta despesa! E querem que eu acredite neste embuste do amor ao clima pelas multinacionais! À conta do Planeta, a indústria, as grandes empresas, têm ganhado dinheiro à farta. Resta saber se o Governo nos defende. Atrás destes vêm todos os outros, incluindo a banca que há muito persegue o objectivo de cobrar sobre cada compra com o Multibanco. 

         - O país do Mágico.

         Segundo o jornal Público, perto de mil pessoas internadas em hospitais por não terem para onde ir.

         Na Chamada Operação E-Toupeira o Benfica, o clube ou um apaniguado, possuía nove, NOVE, computadores da Justiça em casa!!!

         Mais uma grande greve dos funcionários públicos. A coisa descambou e houve intervenção da polícia de choque. Como no tempo do fascismo.

         - À abertura do Café da Casa, nove da manhã, estrava eu, único cliente até por volta das dez. Maravilhosas horas de trabalho! O que seria de mim, sem a capacidade de me evadir todos os dias deste país governado por uma dinastia de pequenos reis de pacotilha!

         - Temporal, temporal. Regressou o frio, os ventos doidos, a chuva oblíqua. Em verdade este clima tanto implorado, há três semanas que não nos larga. Ontem partiu um grosso ramo dos cedros da entrada e o supositório que o bombeiro deixou, esgalhou na parte mais alta deixando-me de atalaia à sua queda.