Sábado, 17.
Chou-Chou revela-se como eu desde a primeira hora previ. A
mim nunca o petit homme me enganou. Mas
desta vez porém, é a maioria dos franceses que não votou nele, que se revela
com a força a que nos habituaram. Quase um mês de greves e manifestações de
descontentes por toda a França. Anotem: Macron vai acabar como pobre bonhomme que o antecedeu.
- A Meo declarou que vai passar a
cobrar um euro a todos os clientes com facturas em papel. Dizem eles que é
“numa óptica de sustentabilidade ambiental”. Que hipocrisia! São a pior
companhia onde eu nunca pus os pés, e ainda por cima obrigam os clientes a mais
esta despesa! E querem que eu acredite neste embuste do amor ao clima pelas
multinacionais! À conta do Planeta, a indústria, as grandes empresas, têm
ganhado dinheiro à farta. Resta saber se o Governo nos defende. Atrás destes
vêm todos os outros, incluindo a banca que há muito persegue o objectivo de
cobrar sobre cada compra com o Multibanco.
- O país do Mágico.
Segundo o jornal Público, perto de mil
pessoas internadas em hospitais por não terem para onde ir.
Na Chamada Operação E-Toupeira o Benfica, o clube ou um
apaniguado, possuía nove, NOVE, computadores da Justiça em casa!!!
Mais uma grande greve dos funcionários
públicos. A coisa descambou e houve intervenção da polícia de choque. Como no
tempo do fascismo.
- À abertura do Café da Casa, nove da
manhã, estrava eu, único cliente até por volta das dez. Maravilhosas horas de
trabalho! O que seria de mim, sem a capacidade de me evadir todos os dias deste
país governado por uma dinastia de pequenos reis de pacotilha!
- Temporal, temporal. Regressou o
frio, os ventos doidos, a chuva oblíqua. Em verdade este clima tanto implorado,
há três semanas que não nos larga. Ontem partiu um grosso ramo dos cedros da
entrada e o supositório que o bombeiro deixou, esgalhou na parte mais alta deixando-me
de atalaia à sua queda.