Quinta,
8.
O
salmo da desgraça democrática junta com a UE, produziu uma casta de monges dependentes
da ambição e da riqueza. Entre nós não é só a cumplicidade entre o sector
público e o privado, é também e acima de tudo a mixórdia entre política e
futebol. O trabalhão que toda esta gentalha dá a juízes e pessoal forense! Os
custos que saem dos nossos impostos para a ganância, a desonestidade, a
cumplicidade entre advogados e criminosos! Tenho a certeza que se construiria
um hospital ou uma escola com o montante gasto a defender gatunos que trazem na
cara a sua culpa. Hoje é o Benfica que está no baile mandado da cobiça e da
corrupção, amanhã será outro qualquer. Está tudo em rede como se diz da
internet.
- À chuva juntou-se o frio, pelo que
tive de voltar a acender as lareiras e no quarto o irradiador.
- Prossigo a leitura do último livro de
Gabriel Matzneff. A páginas 149, tropeço nas afirmações a propósito de um qualquer
país ter ou ter a bomba atómica: “pourquoi le Pakistan et Israel (o computador
não tem tremas) ont-ils le droit de la posséder et l´Iran ne l´aurai-il pas”?
Quem diz o Irão, diz a Coreia do Norte. Eu tenho poucas coisas em comum com o
escritor, mas aprecio sobremaneira a sua liberdade, a peça única da literatura
francesa que ele é, aos 80 anos! Se os meus leitores se recordam, eu já aqui me
exprimi no mesmo sentido e várias vezes. E costumo até questionar - tendo em
conta outros fabricos da terrível arma -, se aquela que produzem os Estados
Unidos, a França, Israel ou outro qualquer país, será menos mortíferas, mais light se quiserem que a do Irão.
- Rebentou mais um escândalo. Portugal
é tão corrupto, com políticos tão mal formados, mentirosos, de joelhos ante a
UE e os EUA, que não se importam que milhares dos seus concidadãos morram, por
exemplo, a atravessar a Ponte Salazar, perdão, 25 de Abril. Se não fosse a
Visão denunciar o perigo que a construção com o tempo e a falta de manutenção
oferece, ainda hoje o Governo não dispensava as verbas necessárias a
preservação da vida dos que lá passam. Ao tema voltarei, até porque sou dos que
a utilizam. Espero que não caia amanhã que vou atravessá-la de comboio. Em
verdade não só amanhã como nunca.