quinta-feira, março 08, 2018

Quinta, 8.
O salmo da desgraça democrática junta com a UE, produziu uma casta de monges dependentes da ambição e da riqueza. Entre nós não é só a cumplicidade entre o sector público e o privado, é também e acima de tudo a mixórdia entre política e futebol. O trabalhão que toda esta gentalha dá a juízes e pessoal forense! Os custos que saem dos nossos impostos para a ganância, a desonestidade, a cumplicidade entre advogados e criminosos! Tenho a certeza que se construiria um hospital ou uma escola com o montante gasto a defender gatunos que trazem na cara a sua culpa. Hoje é o Benfica que está no baile mandado da cobiça e da corrupção, amanhã será outro qualquer. Está tudo em rede como se diz da internet.

         - À chuva juntou-se o frio, pelo que tive de voltar a acender as lareiras e no quarto o irradiador.

         - Prossigo a leitura do último livro de Gabriel Matzneff. A páginas 149, tropeço nas afirmações a propósito de um qualquer país ter ou ter a bomba atómica: “pourquoi le Pakistan et Israel (o computador não tem tremas) ont-ils le droit de la posséder et l´Iran ne l´aurai-il pas”? Quem diz o Irão, diz a Coreia do Norte. Eu tenho poucas coisas em comum com o escritor, mas aprecio sobremaneira a sua liberdade, a peça única da literatura francesa que ele é, aos 80 anos! Se os meus leitores se recordam, eu já aqui me exprimi no mesmo sentido e várias vezes. E costumo até questionar - tendo em conta outros fabricos da terrível arma -, se aquela que produzem os Estados Unidos, a França, Israel ou outro qualquer país, será menos mortíferas, mais light se quiserem que a do Irão.


         - Rebentou mais um escândalo. Portugal é tão corrupto, com políticos tão mal formados, mentirosos, de joelhos ante a UE e os EUA, que não se importam que milhares dos seus concidadãos morram, por exemplo, a atravessar a Ponte Salazar, perdão, 25 de Abril. Se não fosse a Visão denunciar o perigo que a construção com o tempo e a falta de manutenção oferece, ainda hoje o Governo não dispensava as verbas necessárias a preservação da vida dos que lá passam. Ao tema voltarei, até porque sou dos que a utilizam. Espero que não caia amanhã que vou atravessá-la de comboio. Em verdade não só amanhã como nunca.