domingo, março 11, 2018

Domingo, 11.
As mulheres que me perdoem, mas acho que a paridade nas empresas e nas instituições públicas entre sexos, que os políticos tanto apregoam, só vos é prejudicial. Não vão na cantiga. Pensem pelas vossas cabeças e não alinhem na hipocrisia. Não é pelo facto de haver tantos homens e tantas mulheres numa empresa que essa empresa fica melhor apetrechada para os desafios do futuro, nem é por isso que as leis são melhor construídas e aplicadas. Batam-vos pela competência, pela seriedade, utilizem a sensibilidade e a vossa extraordinária capacidade de trabalho e entrem assim apetrechadas a competir com os homens. Não queiram o seu favor na distribuição de cargos e tarefas. Por este caminho, não tarda dirão de vós que sois medíocres e que vos têm de suportar porque os obrigam a cumprir as estatísticas. As grandes mulheres que felizmente a Europa teve e tem, nunca se preocuparam com essas modas que só favorizam os políticos e contaminam e arrastam a unanimidade que segue as modas, a informação alimentada pelo populismo e o sectarismo. Lutem por trabalho igual e salário igual, desafiem os homens que na sua maioria, grosso modo, são uns pobres de espírito, dependentes de vós dentro e fora de casa, sem independência nem orgulho próprio, fracos e tatibitates. Os políticos querem votos à vossa custa, uma vez instaladas nos cargos que os homens vos dedicam, satisfeita a ordem estatística, vocês não contam para nada. Pelo contrário, vocês vão juntar mais trabalho ao trabalho. Quem sofre com isso são vocês e os vossos filhos. O homem de mentalidade mesquinha e machista, conservadora e puritana, fica de lado. As tarefas mais duras chuta-as para quem o serve – a mulher. Não queiram, sobretudo, equiparar-se a eles. É muito mais criativo, excitante, progressista haver na terra a definição explicita, clara e neta, entre homens e mulheres. É com essa riqueza, essa diferença que Deus nos criou, um a um, uma a uma, para que possamos ser um só.


         - O artigo de José Manuel dos Santos, Jacques de Bascher Deus de Lagerfeld, Diabo de Saint Laurent na revista Epicur que o Guilherme me trouxe quando cá esteve, é o artigo típico que denuncia o seu criador. Evidentemente que o autor está-se nas tintas para isso e faz muito bem. Se nos preocuparmos demasiado com aquilo que pensa a família, os vizinhos, os concidadãos, não há literatura digna desse nome – pura e simplesmente desaparece.