segunda-feira, maio 02, 2022

Segunda, 2 de Maio.

Ontem não parei. Depois da missa, fiz um prato para arquivar no congelador, li duas horas, fui de seguida roçar erva em frente da casa, e comecei a montar o terraço para o Verão, lixei a mesa e apliquei óleo de Linhaça, tudo isto sob calor com lampejos de Estio. Que bem se está no campo em dias assim! 

         - Falei de leituras. Pelo respeito e carinho que tenho pelos livros, antes de lhes pegar para as duas horas de leitura, lavo cuidadosamente as mãos. Detesto ver um livro manchado do suor ou sujidade. Os livros para mim são sagrados. Mesmo os escritos por small minds, small things

         - O mundo já está de pantanas e só faltava mais um vírus que ataca o fígado frágil das crianças e as leva à morte. Horror! Horror! 

         - Estou a ler o segundo volume de Aperto Libro de Eugénio Lisboa. A páginas 84 tropeço: “Continuo a não admirar o Saramago e não admiro por aí além o Lobo Antunes.” Digo in petto: “Já somos dois.” 

         - Acabo de chegar de Setúbal. Quando me dirigia ao carro, na praça de du Bocage, forte tempestade que varre o recinto e o deixa num pequeno lago. Em cerca de quinze minutos vi chover como há muitos invernos não via.