domingo, maio 08, 2022

Domingo, 8.

O mundo parece estar suspenso da palavra do ditador que amanhã na praça de outros ditadores, vai botar discurso e exibir as fraquezas com que pretende destruir a Ucrânia. Em dois meses e meio de invasão, quando olho para o mapa do território invadido, sou levado a dizer que aquilo que o seu exército conquistou (apetece-me dizer pilhou) é muito pouco tendo em conta os meios de que dispõe. Mais: ele perdeu em toda a linha: diplomática, política, económica, social e pessoal. Pobre Putin! Já nem pode passear no seu barco (o maior do mundo), com pista para levantar e aterrar dois helicópteros, pela bacia mediterrânea. Só terá os saudosos comunistas a aplaudi-lo e ao armamento bélico que o homem exibe com a galhardia da fragilidade. 

         - O Público, o meu jornal!, dedica 10 páginas a falar de futebol, porque uma equipa do Norte ganhou não sei que campeonato! Triunfo que, à maneira dos povos atrasados e bárbaros, saldam a vitória com ataque a casal à facada – ela sobreviveu, ele morreu. Pela minha parte, vou reclamar metade do que paguei na compra de notícias e desgraças de que o povo português capitaliza em demérito. 

         - Este bonito final do artigo dominical de Fr. Bento Domingues. Referindo-se ao Papa João XXIII (seu ídolo) e ao Papa Francisco (seu alter-ego): “São pessoas que incarnam a misericórdia divina por todos os que se sentem perdidos nas periferias da desumanidade.”  

          - Dia  de muito trabalho. Comecei-o com uma ida ao mercado mensal do Pinhal Novo. Comprei malmequeres, alfazemas, ervas aromáticas. De volta a casa, regas e cozinha (pratos para arquivo) e depois do almoço, a dada altura da leitura, caí para o lado e mergulhei num sono divino. De seguida, sob calor atroz, comecei a escovar as paredes da piscina que intervalei com escrita e leituras. Talvez quando a soalheira amainar, vá limpar o fundo. Não quero abusar do consumo de energia e, por isso, conto abrir a época piscineira no próximo mês. Monsieur Xi Jinping ping ping não seja tão ganancioso! O almoço com os franceses ficou para as calendas.