quinta-feira, maio 19, 2022

Quinta, 19.

O Público, assim que abro a Internet, atira para dentro do meu computador as notícias frescas que são o retrato do mundo de hoje: guerras, doenças, epidemias, assaltos, políticos corruptos, incêndios, divórcios, indigência, cagança dos ricos, carpe dos pobres, e até varíola dos macacos (só nos faltava mais esta!) que se está a instalar como se tivéssemos símios em cada janela. Tenhamos, todavia, esperança. Nem tudo é mau: José Sócrates viajou para o Brasil para... “estudar”. Já tinha estado em Paris a aprender francês e a tocar piano; agora em terras de Vera Cruz vai aprender a falar brasileiro e a roubar sem que alguém dê por isso. Olarilas! O Bolsonaro poderá ser o seu mestre ou o Lula – é tudo boa gente e... camarada. 

         - Transcrevo do mesmo jornal: “Portugal tem uma média de 2,29 mortes por covid-19 nos últimos sete dias, apenas ultrapassado a nível mundial pela Nova Zelândia. Apesar disso, o número de óbitos é inferior a Janeiro de 2021, quando a média era de 28,61 mortes diárias.”

         - O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia vai expulsar cinco diplomatas portugueses em retaliação pela expulsão dos dez diplomatas russos em Portugal (estamos a ganhar 10 a 5). Que pena! O PCP vai bater palmas e a malta cá de baixo, “o povo unido jamais será vencido”, gritar solidariedade ao “povo irmão” e apoio a Putin. Resta saber que tipo de interesses pode Portugal manter com a Federação Russa e com o dito cujo presidente, que é tão mutável como os cata-ventos que ornam os sinos das igrejas. 

         - Definitivamente não me entendo com maquinaria. Este corta-relva que no dizer da Piedade parece um brinquedo, é um cavalo de corrida. Se não me precautelo leva-me consigo tal a força que possui. O anterior era eu com denodo esforço que o empurrava, este se não o seguro bem, chego ao castelo de Palmela em cinco minutos. Assim, cheio de temor, como quem ensaia cada gesto, comecei e terminei de cortar a relva em torno da piscina. Amanhã irei a Lisboa, mas sábado cortarei o relvado entre o natatório e o salão. 

         - Só acredito quando acontecer. A TAP, a nossa estimada bandeira nacional socialista, ao fim de vários meses de e-mails sem resposta, retorquiu, enfim, pedindo-me o número de IBAN para depositar o valor da viagem de ida e volta a Budapeste que não pude realizar há dois anos em virtude do SARS-COV2. A Hungria, que eles dizem ser fascista e autoritária, no espaço de poucos meses, retornou-me o montante do valor do hotel que não cheguei a conhecer.