Terça,
21.
Estive
a ler a entrevista de Mário Centeno ao Público – alucinante. Diz o nosso
economista que para a reconstrução da economia europeia, vão ser necessários
uns 12 biliões, ele fala em “12 zeros”, e acrescenta: “As nossas calculadoras dos
telemóveis não dão para introduzir esses números. Só calculadoras científicas conseguem
lidar com doze zeros.”! O chefe de orquestra neste momento é ele, não queria
estar no seu lugar. Mas se conseguir levar a cabo o que pensa, tiro-lhe o
chapéu. A UE é e sempre foi um osso duro de roer. Mas penso que o seu trajecto,
está neste momento em jogo. Ou se une, ou em breve as brechas começarão a
abrir. Definitivamente.
- Enquanto grandes e tenebrosas
ameaças pairam por todo o lado, levadas na golfada de aflições que as
populações nunca experimentaram salvo, talvez, os mais velhos, as direitas e as
extremas-direitas, lançam a isca a ver se pega. Casos dos EUA, Brasil, Hungria,
Nicarágua, e outros já mordidos pela ditadura.
- Enquanto isto, por cá, temos o
português mais chinês que o próprio Xinping ping ping com aquele seu ar
autoritário, frio, olhar cortante de quem quer, posso e mando, senhor António
Mexia (o homem não era assim quando começou a carreira como político, fez-se
assim tolhido pela força do dinheiro. A foto que o Público traz na sua edição
do dia 17 deste mês, traduz o que quero dizer.), insiste apesar da grande crise
deste momento, em distribuir dividendos aos accionistas da EDP chinesa. Este é
o mesmo indivíduo que o pobre cardeal de Lisboa acolhia como benemérito não sei
de que organização ou pessoa.
- Tempo instável. Entreguei o IRS pela
Internet. Falei ao telefone com o Corregedor, a Carmo, o Virgílio, a Piedade.