terça-feira, abril 21, 2020

Terça, 21.
Estive a ler a entrevista de Mário Centeno ao Público – alucinante. Diz o nosso economista que para a reconstrução da economia europeia, vão ser necessários uns 12 biliões, ele fala em “12 zeros”, e acrescenta: “As nossas calculadoras dos telemóveis não dão para introduzir esses números. Só calculadoras científicas conseguem lidar com doze zeros.”! O chefe de orquestra neste momento é ele, não queria estar no seu lugar. Mas se conseguir levar a cabo o que pensa, tiro-lhe o chapéu. A UE é e sempre foi um osso duro de roer. Mas penso que o seu trajecto, está neste momento em jogo. Ou se une, ou em breve as brechas começarão a abrir. Definitivamente.

         - Enquanto grandes e tenebrosas ameaças pairam por todo o lado, levadas na golfada de aflições que as populações nunca experimentaram salvo, talvez, os mais velhos, as direitas e as extremas-direitas, lançam a isca a ver se pega. Casos dos EUA, Brasil, Hungria, Nicarágua, e outros já mordidos pela ditadura.

         - Enquanto isto, por cá, temos o português mais chinês que o próprio Xinping ping ping com aquele seu ar autoritário, frio, olhar cortante de quem quer, posso e mando, senhor António Mexia (o homem não era assim quando começou a carreira como político, fez-se assim tolhido pela força do dinheiro. A foto que o Público traz na sua edição do dia 17 deste mês, traduz o que quero dizer.), insiste apesar da grande crise deste momento, em distribuir dividendos aos accionistas da EDP chinesa. Este é o mesmo indivíduo que o pobre cardeal de Lisboa acolhia como benemérito não sei de que organização ou pessoa.


         - Tempo instável. Entreguei o IRS pela Internet. Falei ao telefone com o Corregedor, a Carmo, o Virgílio, a Piedade.