Domingo,
5.
Para
meu conforto, ontem passei o serão literalmente à lareira. Que bem me soube! Vi
um pouco de televisão (ARTE e TV5Monde), li, tomei notas, pensei; ao contrário
de ontem, fui devagarinho para a cama, deixando com mágoa para trás o ambiente acolhedor
do salão.
- Um amigo contou-me que no prédio
onde vive há jantares colectivos rotativos todas as noites. Como o imóvel tem
seis andares, direito e esquerdo, imagine-se o perigo de propagação do
coronavírus.
- « Quand un Chinois
un peu trop critique disparaît, les autorités disent qu'il a été mis en
quarantaine. Sous le prétexte rusé de lui sauver la vie, on la lui pourrit en
prison. » Bernard Pivot.
- Como se a França não tivesse já problemas de
sobra, um atentado em Romans-sur-Isère, a Sudeste do país, vitimou duas pessoas
e feriu quatro. Um sudanês avançou por onde pôde de faca em punho e só foi parado
pela polícia. Não se conhecem os motivos de tamanha barbárie.
- 16,15. Saí para comprar o jornal.
Tarde ocupada com leituras e ménage.
Todo o dia choveu e ventou forte – tudo nos força a não deixar as nossas habitações. Sentimentos
incertos, vacilantes, miseráveis.