Terça,
17.
Chou
Chou ainda não percebeu que a hora dos jogos políticos terminou. Aquela de
convocar os franceses para as urnas, foi mais um desastre que alargará a
hipótese de Marine Le Pen vir a ocupar o seu lugar nas próximas presidenciais. Os
seus concidadãos, responderam-lhe com uma abstenção de mais de 50 por cento.
Vai terminar como o seu antecessor, em decadência.
- Em Portugal registou-se a primeira
morte por coronavírus. Tratou-se de um homem de 80 anos e várias
doenças associadas. No mundo inteiro, contabiliza-se 7000 mortes.
- Mas agora começa-se a falar da seriação
deste verdadeiro terramoto. Os economistas apontam o futuro tenebroso com
vários países a colapsarem. Empresas pequenas e grandes, pessoas individuais e
colectivas, pedem ao Estado ajudas financeiras. Até os corruptos do futebol
estão a estender a mão ao Governo. Que desplante! O que esta doença descobriu,
foi um sistema capitalista fantasioso, virtual, frágil. Num mês ninguém tem
dinheiro para continuar a manter a actividade empresarial. Não existe almofada
financeira, os lucros orgulhosa e arrogantemente propalados no início do ano,
desapareceram. A ameaça de desemprego avizinha-se medonha. Do meu lugar
solitário, observo o mundo e alargo a distância. A comédia humana repete-se e
são sempre os mesmos a rir na cara do desventurado.
- Talvez aquela parte de construtores
da especulação, se interrogue quantos na Coreia do Norte foram ou estão
atingidos pela Covid-19. Pois eu respondo-lhes: nem um só. Todos os que
aparecem são liquidados morrendo a peçonha com eles. Disto sabem os senhores Xi
Xinping ping ping, Trump, Putin, Bolsonaro. A realidade é esta: num país despótico
tudo é falso mesmo o que é verdadeiro.
- Fui comprar o Público. No caminho
passei por dois supermercados e de lá saíam carrinhos atulhados de papel
higiénico, empurrados por damas de máscaras orgulhosamente atiradas à cara
daqueles que não as usam. Talvez um dia saberei onde radica esta obsessão, não
acreditando eu que tanta gente se borre abundantemente.
- Nós, os da tertúlia da Brasileira,
prosseguimos os nossos contactos via telefone. Hoje devo ter estado duas horas
à conversa com vários dos meus amigos. O Paulo Santos que teve
responsabilidades no domínio da economia na UE, estava indignado com a “balda”
dos nossos governantes. Está preso em casa como todos os outros, apavorado. Já
o Mário (advogado), me falava do mundo “em família” que, segundo ele, vai
sofrer um impacto sério na descoberta das relações inter-familiares. Tema
interessante que deixo aos psicólogos desenvolver. Eles devem saber disso a
potes...