terça-feira, março 17, 2020

Terça, 17.
Chou Chou ainda não percebeu que a hora dos jogos políticos terminou. Aquela de convocar os franceses para as urnas, foi mais um desastre que alargará a hipótese de Marine Le Pen vir a ocupar o seu lugar nas próximas presidenciais. Os seus concidadãos, responderam-lhe com uma abstenção de mais de 50 por cento. Vai terminar como o seu antecessor, em decadência.

         - Em Portugal registou-se a primeira morte por coronavírus. Tratou-se de um homem de 80 anos e várias doenças associadas. No mundo inteiro, contabiliza-se 7000 mortes.

         - Mas agora começa-se a falar da seriação deste verdadeiro terramoto. Os economistas apontam o futuro tenebroso com vários países a colapsarem. Empresas pequenas e grandes, pessoas individuais e colectivas, pedem ao Estado ajudas financeiras. Até os corruptos do futebol estão a estender a mão ao Governo. Que desplante! O que esta doença descobriu, foi um sistema capitalista fantasioso, virtual, frágil. Num mês ninguém tem dinheiro para continuar a manter a actividade empresarial. Não existe almofada financeira, os lucros orgulhosa e arrogantemente propalados no início do ano, desapareceram. A ameaça de desemprego avizinha-se medonha. Do meu lugar solitário, observo o mundo e alargo a distância. A comédia humana repete-se e são sempre os mesmos a rir na cara do desventurado. 

         - Talvez aquela parte de construtores da especulação, se interrogue quantos na Coreia do Norte foram ou estão atingidos pela Covid-19. Pois eu respondo-lhes: nem um só. Todos os que aparecem são liquidados morrendo a peçonha com eles. Disto sabem os senhores Xi Xinping ping ping, Trump, Putin, Bolsonaro. A realidade é esta: num país despótico tudo é falso mesmo o que é verdadeiro.

         - Fui comprar o Público. No caminho passei por dois supermercados e de lá saíam carrinhos atulhados de papel higiénico, empurrados por damas de máscaras orgulhosamente atiradas à cara daqueles que não as usam. Talvez um dia saberei onde radica esta obsessão, não acreditando eu que tanta gente se borre abundantemente. 


         - Nós, os da tertúlia da Brasileira, prosseguimos os nossos contactos via telefone. Hoje devo ter estado duas horas à conversa com vários dos meus amigos. O Paulo Santos que teve responsabilidades no domínio da economia na UE, estava indignado com a “balda” dos nossos governantes. Está preso em casa como todos os outros, apavorado. Já o Mário (advogado), me falava do mundo “em família” que, segundo ele, vai sofrer um impacto sério na descoberta das relações inter-familiares. Tema interessante que deixo aos psicólogos desenvolver. Eles devem saber disso a potes...