sábado, março 14, 2020

Sábado, 14.
Trump fez como o seu congénere chinês, desvalorizou aquilo a que a OMS classificou de pandemia. Os EUA e por consequência o mundo, é governado por monstros com o poder que a democracia lhes outorga, mas sem a capacidade que a dignidade humaniza. Num país onde metade da população não tem acesso à saúde, de que servem ou melhor a quem serve os 50 biliões de dólares cuspidos pelo inclino da Casa Branca para se livrar de ser acusado de milhares de infectados e de ter menosprezado os conselhos dos especialistas.

         - Fui fazer compras ao Alegro. Pouca gente por todo o centro comercial e no super. Dos poucos clientes que encontrei, o que mais me surpreendeu foi as carradas de papel higiénico que transportavam como se, de súbito, tivessem sido atacados de diarreia. Esta fobia fixada no papel higiénico dá que pensar. Nos Lidl daqui, só entra um número reduzido de clientes de cada vez, as filas à porta são demoradas, uns sobre os outros.

                                 Não se vanglorie o sábio na sua sabedoria;
                                  Não se vanglorie o poderoso no seu poder;            
                                  Não se vanglorie o rico na sua riqueza.    
                                  Mas que quem se vangloria se vanglorie com isto:
                                   Compreender e conhecer o Senhor
                                   E fazer julgamento e justiça no meio da terra. (Od: 3-10)
                      

         - Para atenuar a desgraça, tempo magnífico, cheio de luz e calor, descido das alturas como uma bênção de esperança. Não fiz nada que jeito tenha. Nem na biblioteca trabalhei. No salão às 18,03 sentado diante da televisão sintonizada no canal ARTE depois do chá com duas torradas e uma pele de manteiga.