Terça, 9.
A rotina da guerra não contabiliza os
mortos, soma ódios e vinganças, impõe outro disfarce de vida. Daesh, Al-Qaeda ou
Taliban nasceram na era de Bush e estão para durar. Desta vez atacaram um
hospital no Paquistão deixando um rio de sangue. Pelo menos 70 mortos e duas mãos
cheias de feridos.
- Para cima de 400 fogos têm estado activos no Norte. Um número
impressionante não obstante as altas temperaturas. Os bombeiros não chegam para
acudir a todos e as populações desesperam com o fogo a chegar-lhe às casas e
gado. Do lado político, sempre a mesma ladainha: é preciso fazer mais para
evitar a catástrofe e disponibilizar meios humanos para atacar a cíclica
tragédia. Depois vem o Inverno e nunca mais se fala no assunto. É a clássica
técnica portuguesa. Todos ganham com a estratégica, só as populaças perdem. Por
falar em incêndios, aquele que prejudicou o maior número de pessoas até hoje,
após o apuramento dos técnicos, ficou a dever-se a um cigarro mal apagado. Ao
todo 458 carros queimados. Felizmente sem vítimas pessoais a registar.