Sexta, 26.
Respigo do artigo do seráfico Rui Tavares
saído no Público, estas lúcidas linhas a propósito dos abusos na imunidade
diplomática que estão em jogo no caso dos irmãos bárbaros : O argumento não me convence, e não só porque
é demasiado parecido com os argumentos que no passado justificaram abusos da
imunidade parlamentar ou da imunidade eclesiástica. Fechar os olhos aos abusos
da imunidade é que nos fará arriscar a perdê-la – e às vantagens que ela nos
traz.
- Foi divulgado o montante que o Estado, isto é, os portugueses com os
seus impostos cada vez mais insuportáveis e violentos, vão ter que pôr na Caixa
Geral de Depósitos: 5.060 mil milhões de euros! A notícia foi apresentada diluída num
“pode chegar” àquele montante, como se nós não estivéssemos habituados à ganância
ou incompetência ou indiferença ou abastança como os senhores políticos
conduzem os negócios do país. Claro que é aquele número e talvez ultrapasse. A
CGD sempre foi um sorvedouro de dinheiro para uma classe parasitária que
encontrou no banco um oásis de vida, uma recompensa pelos favores partidários,
uma colónia de férias onde todos se divertiam soltando suspiros de bem-estar e
louvores à democracia por eles praticada. Só idiotas ou distraídos não vêem
isso.