sexta-feira, agosto 26, 2016

Sexta, 26.
Respigo do artigo do seráfico Rui Tavares saído no Público, estas lúcidas linhas a propósito dos abusos na imunidade diplomática que estão em jogo no caso dos irmãos bárbaros : O argumento não me convence, e não só porque é demasiado parecido com os argumentos que no passado justificaram abusos da imunidade parlamentar ou da imunidade eclesiástica. Fechar os olhos aos abusos da imunidade é que nos fará arriscar a perdê-la – e às vantagens que ela nos traz.


         - Foi divulgado o montante que o Estado, isto é, os portugueses com os seus impostos cada vez mais insuportáveis e violentos, vão ter que pôr na Caixa Geral de Depósitos: 5.060 mil milhões de euros! A notícia foi apresentada diluída num “pode chegar” àquele montante, como se nós não estivéssemos habituados à ganância ou incompetência ou indiferença ou abastança como os senhores políticos conduzem os negócios do país. Claro que é aquele número e talvez ultrapasse. A CGD sempre foi um sorvedouro de dinheiro para uma classe parasitária que encontrou no banco um oásis de vida, uma recompensa pelos favores partidários, uma colónia de férias onde todos se divertiam soltando suspiros de bem-estar e louvores à democracia por eles praticada. Só idiotas ou distraídos não vêem isso.