sábado, agosto 13, 2016

Sábado, 13.
Quem corrobora de tudo o que eu penso e tenho aqui escrito sobre o assunto, é o jornal Público de hoje ao registar: “Há cada vez mais casos de hospitais privados a encaminhar (trata-se de um eufemismo devia dizer-se despejar) para o SNS doentes que ficam sem dinheiro ou esgotam (outro modo simpático de falar quando devia dizer-se compulsivamente esvaziado) o plafond do seguro.” Esta técnica de sacar dinheiro que na realidade não passa de um roubo, quando a pessoa se encontra num estado de fragilidade, é de todos conhecida – Estado, SNS, médicos - mas ninguém tem interesse em lhe pôr cobro.

         - Portugal precisa de nova revolução. Desta vez porém, profunda capaz de correr com o próprio Estado que é de todos o que mais explora o cidadão. Vêm de seguida os Bancos, a eléctrica chinesa, as Câmaras e o submundo administrativo onde proliferam os pequenos gatunos de meia tijela que embolsam também uma boa percentagem.  


         - Portugal é cada vez mais uma simulação moral, estética, social, histórica, colectiva. Ontem, quando cheguei aos barcos do Barreiro e ia a embarcar no Fernando Namora, a cancela que nos separa da gare e é comandada por alguém na estação ou no barco, estava a fechar. Uma rapariga que embarcava no mesmo barco, forçou o sistema para me deixar passar. No curto caminho até ao catamarã, despejou o saco: “Se fossem três pretos que estivessem para apanhar o barco, eles não faziam aquilo, porque eles partiam tudo.” A história que nos contam sistematicamente diz que somos um povo anti-racista.