Quarta, 25.
A França está há vários dias paralisada.
A causa começou por ser a greve das refinarias, dos distribuidores de gasolina e agora são
todos os postos de combustíveis que chegaram ao fim. Ninguém quer a Lei de
Trabalho de Hollande e sus muchachos. Os franceses, como costumo dizer, são na
Europa o travão aos delírios dos governantes palhaços. Estou convencido que o
Governo francês não terá força para impor uma lei que ninguém aprova. Se fosse
cá, sim. E lembrar-me eu quando esteve um milhão de pessoas nas ruas, eu
inclusive, e Passos Coelho considerando o país a sua coutada e os portugueses
os seus servos, entendeu ser um e outros menos importantes que a sua pesporrência
e ganância de poder.
- A Áustria safou-se por pouco de cair nas mãos da direita. A Europa do
euro tremeu e o coxinho, coitadinho, que se propunha afastá-la da UE, outro
remédio não teve que aceitar a derrota com um sorriso amarelo. Não foi desta,
será da próxima. Até porque a maior parte dos povos sujeitos a tirania de
Bruxelas, têm votado a favor de minorias populistas que se arvoram em
salvadores da pátria. A culpa deste descalabro que terminará mal, é de todos os
partidos que têm apascentado os povos europeus nestes últimos trinta anos. E
também dos governos que se puseram a jeito, se deixaram humilhar, e agora
querem constituir-se num bloco decerto chamado “dos humilhados e ofendidos”
para fazer face ao autoritarismo do Eurogrupo. É já um passo. Eu que aqui me
tenho insurgido contra as técnicas macacas e absolutamente desgraçadas exercidas
contra os povos do sul e os menos afortunados, espero que mais tarde saiam em bloco
de um clube onde nunca deviam ter entrado.