Sexta, 8.
A mim dá-me para desconfiar de toda a
gente. Assim, quando a Deco me mandou emails, me telefonou depois a insistir
para que fizesse parte da lista dos que queriam energia mais barata, fui
espreitar o que estava por trás de tão zelosa ajuda. O que vi não me agradou e
quando eles voltaram a contactar-me, disse-lhes na cara o que pensava e as
razões por que não confiava no seu interesse na redução do preço da
electricidade chinesa. Por pouco o sujeito não me insultou. O mesmo se passou
este ano com a aplicação online do IRS. Logo que vi o que se escondia nas
entrelinhas das perguntas, fechei o computador. Vejo hoje no Público que a
aplicação está sob suspeita. A Comissão Nacional de Protecção de Dados acusa a
organização dita independe de aceder a dados fiscais dos utilizadores - precisamente
aquilo que eu havia detectado quer num programa, quer no outro.
- Grande surpresa a vitória de Cameron nas eleições legislativas de
ontem no Reino Unido. Todas as sondagens davam um empate entre Conservadores e
Trabalhistas. Eu penso que a vitória tão festejada pelo primeiro-ministro em
continuação, vai ser um verdadeiro desastre quando ele tiver que fazer o
referendo que prometeu sobre a continuação do país na União Europeia. O povo,
com este voto, pretende amarrá-lo à saída da UE. Admitindo que ele não rói a
corda como fez aquele que está no hotel em Évora, que não só não cumpriu essa como
muitas outras promessas. Mas o reinado de David Cameron vai ter ainda que enfrentar
de vez(?) o chamado caso Irlanda. Talvez agora o Reino Unido seja antes um
reino desunido arrastando consigo a Europa do euro.