Quarta, 20.
Quando eu aqui me referi aos
acontecimentos selvagens estimados pelos agentes desportivos, ainda não havia
visto as imagens na televisão. Servi-me da indignação da TSF que assim que
acordo sintonizo. Através dos canais televisivos, os vândalos a soldo dos
esquemas ou grupos fascizantes que campeiam nos clubes e são admitidos ou
tolerados pelos partidos que já passaram pelo poder, vemos quanto estão impunes
e muitas vezes se orgulham dos seus actos criminosos. Há como que uma espécie
de regras e tratados e princípios que só futebol possui na sua república
autónoma de Portugal. O fardamento pode não ser o mesmo, mas o concluiu, o
laxismo, o faz-de-conta, a corrupção e interesses comuns é idêntico ao que se
passa entre o poder e os negócios. Aliás o futebol passou quase logo a seguir
ao 25 de Abril a fazer parte da paixão dos políticos porque viram nele um mundo
à parte onde o dinheiro jorra debaixo dos pés dos jogadores. Quanto maior for a
alienação do povo aos seus ídolos, maior é a ligação de uns e outros onde não
faltam em momentos como os vividos em Guimarães ou na Praça Marquês de Pombal
os seus agentes-comentadores armados em sociólogos e psicológicos. Está tudo
bem lubrificado.
- Os selvagens da Deach, não obstante a violência dos ataques das forças
unidas, tomaram Ramadi a uns 100 quilómetros de Bagdad. Uma vitória
impressionante a provar que os senhores da guerra possuem o tacto e a sabedoria
que convém ao tipo de batalha que praticam. Com a entrada dos jihadistas na
cidade, 500 mil pessoas puseram-se em fuga. Ao todo ninguém sabe quantos
inocentes andam perdidos, carregando uma dor imensa, sujeitos à humilhação mais
horrível. O que ninguém tem dúvidas, é que Bush Jr. está tranquilo no seu
rancho, Barroso, anafado, anda por aí a gozar reformas milionárias, Aznar e Tony
Blair em conferências pelo mundo a facturar milhões.