Domingo, 17.
Passos Coelho continua a delirar.
Persiste na ideia que somos considerados um dos países mais ricos do mundo, com
um pormenor que ele própria sublinha e não é despiciente: não podemos ter a
Segurança Social que desejaríamos. Que tristeza de políticos, que tristeza de
país!
- O mesmo primeiro-ministro que saiu não se sabe de onde e se apresenta
convencido de que os portugueses têm memória curta. Muito resoluto e quase
seráfico, diz que a privatização da TAP não é mais do que a execução do
programa que apresentou aos portugueses. Com um detalhe que faz toda a
diferença: e tudo o resto que ele prometeu, nomeadamente, o não aumento dos
impostos e não cumpriu.
- O rapaz de 20 anos que com o irmão esteve na origem dos atentados de
Boston há dois anos, após um longo período de interrogatórios, vai ser
condenado à morte. Ouvi uma fulana à saída do tribunal, dizer que se tratou de
um caso político. Eu não estou convencido que o pobre adolescente seja culpado
e muito menos que ele o tenha feito sob um facto político. Agora do que eu
tenho absoluta certeza, é que é um crime a pena e posterior condenação.
- De súbito muito calor. Tenho dois assuntos pendentes para lhe fazer
face: a piscina e o terreno. O primeiro, o técnico desistiu sem me prevenir de
vir fazer o arranjo; o segundo, o homem que há anos aqui vem, tem o tractor
avariado e por duas vezes telefonou a adiar o trabalho. Subsiste o que eu
próprio posso fazer como, por exemplo, ontem ter começado e terminado a limpeza
do tanque; findado também de roçar a erva onde ela era perigosa de existir.
- Abri o lounge.