domingo, maio 03, 2015

Domingo, 3.
Este é o terceiro dia de greve na TAP que os pilotos marcaram para um total de dez dias. Eu não sou simpatizante nem cliente da transportadora aérea e acho até que ela, além de ser das mais caras, não soube adaptar-se à “democratização” do transporte aéreo. Também não concordo com os aristocratas aviadores que reivindicam acções da futura privatização que o Governo quer fazer apressadamente não obstante os poucos meses que faltam até às eleições. É verdade que, se por hipótese remota, ganhasse o PS seria a mesma política. Tendencialmente estou com os da massa, quero dizer os que tomam os comandos dos aviões. De facto, Passos Coelho, tem-se portado muito mal neste conflito e todo o Governo tem feito o máximo de chantagem, pressões, medos de forma a intimidar e dividir os trabalhadores, técnica que o primeiro-ministro sempre praticou desde que chegou ao poder. Se a TAP está na situação difícil que apregoam, isso não se deve aos trabalhadores mesmo que façam greves todos os meses. Deve-se ao clientelismo, a usurpação de medidas, aos negócios ruinosos e ao achincalhamento dos funcionários. Dito isto, saliento o facto de o Governo não ter proibido a greve, nem os direitos dos trabalhadores. Valha-nos isso!

          - Nunca me pronunciei sobre o agora, enfim, candidato à Presidência da República, Sampaio da Nóvoa. Quis esperar para ver, quis ouvir que trazia o homem de novo. Depressa percebi que nada. Absolutamente nada. Aridez, conversa mole, a habitual cumplicidade com a política subterrânea daqueles que se recusam a deixar os palcos do poder. Mas também não era preciso. Vasco Pulido Valente, sexta-feira, primeiro de Maio, na sua coluna, disse o que havia a dizer. Basta lê-lo.

         - Todo o santo dia chuviscou, uma invólucro de sombra pairou sobre as nossas cabeças, a atmosfera esteve densa, bruxuleando na sua compacidade, cai-que-não-cai, como se o mundo estivesse atento a qualquer tragédia e se limitasse a olhar o céu suspenso de um enigma maior do que ele. Por isso, não podendo prosseguir no campo, fiquei pela cozinha adiantando dois ou três pratos para não ter que me ocupar durante a semana e que depois arquivei no congelador. Para o almoço preparei uma entrada de alcachofras com mostarda de manga, um filete de salmão selvagem com legumes, regado com tinto do Château da Haute Gailloterrie de 2012, para a sobremesa Camembert de Pays, seguido de morangos bio, e a finalizar uma tarte de Ruibarbo-do-campo com café Nespresso.


         - No Nepal, os milagres acontecem como luz beatífica. Esta manhã, oito dias depois do tremor de terra, foi encontra um homem  com101 anos com... vida.