terça-feira, janeiro 19, 2021

Terça, 19.

A verdade é esta: vamos ter que pedir contas aos governantes que nos andam a enganar, desmultiplicando-se em discursos enviesados para fugir à justiça popular. Esta, se fôssemos um país civilizado e informado, seria nas urnas; sendo o país que somos vai ser através de grupos extremistas, de iluminados ou de um qualquer ditador de meia tijela. Se não o fizermos por nós, que o façamos pelos que morrem na completa solidão nos hospitais do desespero quotidiano e do salve-se quem puder. 

         - Insistiram que a democracia não teria esse nome se o calendário da ida às urnas não fosse cumprido. Já ouvi uma voz anónima gritar: “Se estamos confinados, porque razão saímos para votar.” Em tudo a marca do desenrascanço, da impreparação, da falta do trabalho aturado e cuidado. Exemplo disso, foram as longas filas para exercer o direito de voto no passado fim-de-semana, que os que a ele acudiram fizeram-no para escapar às longas bichas que o Governo prevê para este domingo; mas também o boletim de voto onde até imprimiram um candidato-fantasma, um tal Eduardo Nelson da Costa Batista que vem à cabeça dos legítimos a Belém. Espero que a ironia seja levada às últimas consequências e o povo vote massivamente nele – o fantasma da assombração socialista.