sexta-feira, janeiro 01, 2021

Sexta, 1 de Janeiro de 2021. 

Como é meu sacro hábito, acompanhei o Concerto de Ano Novo pela televisão de Viena d´Áustria. O maestro Riccardo Muti voltou a dirigir a Filarmónica e introduziu muitos compositores novos. O curioso e divertido, foi ver os músicos aplaudirem-se mutuamente na falta de público devido à pandemia. Do alto dos seus maravilhosos 80 anos, o chefe de orquestra fez furor.  

         - Todos os políticos, na sua linguagem roufenha, forjada nas mensagens para o novo ano, falam de esperança. António Costa vai ao ponto de fazer o paralelismo entre o antes e o depois da pandemia, garantindo que outrora, com o seu governo, o país era um oásis de progresso e a pobreza já estava quase dizimada. Quanto a Marcelo, nem é bom falar. Ambos há muito que deixaram de governar com acções – bastam-lhes a palavra salmodiada, noite e dia, para o Chefe de Estado e insidiosa para o Primeiro-Ministro. 

         - O resultado da máquina diabólica que estabelece o PIB durante o Natal e fora dele, está plasmado nos números de novos casos por coronavírus. Quiseram trabalhar para o resultado das eleições e dinâmica económica e a tragédia está à vista: mais 7627 casos e 2329 mortos – estes são os mártires que pagaram com a vida a mais valia das empresas.

          - Morreu Carlos do Carmo. Apreciava o fadista que acompanhei toda a minha vida, mas punha de lado o homem pomadé, com as suas ideias políticas que sempre me pareceram frívolas para não dizer fingidas

         - Levantei-me tarde por ter estado ontem até perto da uma da madrugada a ver um excelente programa de variedades transmitido de Versalhes. 16 linhas no romance. Frio intenso. Dia suspenso do silêncio que por aqui cirandou. Cresceu a minha lista telefónica do iphone devido aos amigos que telefonaram a desejar Boas Festas. Mas agora começo por registar os números na Agenda Telefónica (à moda antiga) – conselho do técnico da Macintosh. Escrevo à secretária tendo de cada lado os meus guardas pretorianos: Botas e Blacka.