segunda-feira, outubro 26, 2020

Segunda, 26.

A linguagem dos dirigentes farfalhudos que aprenderam com Trump e este com Sarkosy, não pára de nos surpreender. O modo como eles hoje se tratam, está ao nível da sargeta que lavra por todo o lado. É mais ou menos assim.      

         Sua excelência o Sr. Recep Tayyip Erdogan, do alto do seu púlpito muçulmano dourado, diz a sua excelência o ex-banqueiro Macron:         

         - O senhor precisa de fazer exames à sua sanidade mental, de contrário tem à perna a pena de morte por atentado aos valores do Profeta Maomé. 

         O dirigente do Sporting, referindo-se ao seu congénere do Porto:          

         - Um bandido será sempre um bandido. 

         E deste modo, aprendemos nós as melhores regras de convivência e educação. Obrigado, caros professores. 

         - Dia arrebatador de luz. Só agora me dou conta do que perdi - para cima de pelo menos trinta anos – quando abalava nesta altura para os frios sombrios de Paris. Tendo nascido em Lisboa, passado uns anos em Coimbra, férias na Foz do Douro, a capital de outros tempos piorou sobremaneira nos últimos vinte. Sempre me sentira atraído pelo apelo do campo que agora me restitui em bênçãos, paz e serenidade. Terminei de carregar a terra e a entrada ficou bestial, digna de um palácio do séc. XIX. Regressar em força ao romance, seria como dizem os saloios, a cereja em cima do bolo do imbecil. Silêncio.