sábado, outubro 24, 2020

Sábado, 24.

Eu, francamente, que me desculpem, mas assim que vejo Marcelo Rebelo de Sousa ou António Costa no ecrã, desligo imediatamente. Estou tão cansado destes governantes que não governam, só falam! Tagarelam a qualquer hora, todos os minutos, noite e dia, apregoam programas, promessas, planos que nunca verão a luz do dia. Gosto mais da acção séria, que da propaganda barata. Bendita pandemia que veio levantar o véu que escondia a realidade sinistra em que vivem os velhos, assim como muitas outras estruturas: ensino, hospitais, escolas, economia em geral, precariedade do emprego,  etc, etc.. Este dueto que mais parece a rábula do senhor Feliz e do senhor Contente, faz política com tal arte que não só adormece o povo, como consegue a partir da catástrofe pandémica um permanente jogo político.  Que azar o nosso viver num mundo onde tudo é endrómina e rapar o tacho do cofre do Estado uma monomania.  

         - Voltou à discussão a eutanásia. No Parlamento foi a votos a moção ao referendo sobre a matéria resultante de uma petição pública. Os senhores deputados, a quem eu não confio a minha vida e muito menos a minha morte, insistem que o tema não deve ser referenciado. Houve divisões entre eles - da direita à esquerda. Embora eu ache que a pergunta foi mal posta e dúbia, todos sabemos o que está em jogo. Não é difícil antever no que vai dar a autorização que uns quantos, em nome de 10 milhões, se permitem o direito de legislar. A ditadura parlamentar está em marcha. Se o afirmo, é porque querem fazer uma lei que quase ninguém conhece, que não foi debatida e dada a conhecer conveniente e seriamente aos portugueses. Resta confiar nos médicos, que já deram em muitas alturas provas de respeitar a vida humana.

         - A pouco e pouco vou restaurando a minha lista telefónica. Já foram recuperados 36 números. Temperatura amena. Sol aberto. Silêncio profundo onde não pildra um só pássaro.