Sábado, 24.
Eu, francamente, que me desculpem, mas assim que vejo Marcelo Rebelo de Sousa ou António Costa no ecrã, desligo imediatamente. Estou tão cansado destes governantes que não governam, só falam! Tagarelam a qualquer hora, todos os minutos, noite e dia, apregoam programas, promessas, planos que nunca verão a luz do dia. Gosto mais da acção séria, que da propaganda barata. Bendita pandemia que veio levantar o véu que escondia a realidade sinistra em que vivem os velhos, assim como muitas outras estruturas: ensino, hospitais, escolas, economia em geral, precariedade do emprego, etc, etc.. Este dueto que mais parece a rábula do senhor Feliz e do senhor Contente, faz política com tal arte que não só adormece o povo, como consegue a partir da catástrofe pandémica um permanente jogo político. Que azar o nosso viver num mundo onde tudo é endrómina e rapar o tacho do cofre do Estado uma monomania.
- Voltou à discussão a eutanásia. No Parlamento foi a votos a moção ao referendo sobre a matéria resultante de uma petição pública. Os senhores deputados, a quem eu não confio a minha vida e muito menos a minha morte, insistem que o tema não deve ser referenciado. Houve divisões entre eles - da direita à esquerda. Embora eu ache que a pergunta foi mal posta e dúbia, todos sabemos o que está em jogo. Não é difícil antever no que vai dar a autorização que uns quantos, em nome de 10 milhões, se permitem o direito de legislar. A ditadura parlamentar está em marcha. Se o afirmo, é porque querem fazer uma lei que quase ninguém conhece, que não foi debatida e dada a conhecer conveniente e seriamente aos portugueses. Resta confiar nos médicos, que já deram em muitas alturas provas de respeitar a vida humana.
- A pouco e pouco vou restaurando a minha lista telefónica. Já foram recuperados 36 números. Temperatura amena. Sol aberto. Silêncio profundo onde não pildra um só pássaro.