Terça,
19.
Ana
Gomes considerou um “episódio lamentável, deprimente mesmo”; acrescentando :
"Nunca se viu o lançamento de uma recandidatura de um Presidente da
República anunciada numa fábrica de automóveis, por alguém que não estava
sequer na qualidade de dirigente partidário, mas na qualidade de
primeiro-ministro e num contexto em que
o Presidente da República tinha acabado de se ingerir, de forma bastante
criticável, nos assuntos internos do Executivo.” Referia-se a deputada
socialista ao episódio Mário Centeno, para dizer que vai reconsiderar a sua
candidatura em nome da democracia. E tem razão. Conte com o meu voto. De facto,
Marcelo Rebelo de Sousa que tem tudo para ser um grande Presidente, ao cabo destes anos parece apenas aperfeiçoar o populismo, o trolaroismo e outros ismos
que me dispenso de enumerar. Ele governa, como já aqui disse muitas vezes, como
Presidente e primeiro-ministro, autarca e presidente de junta de freguesia. É
completo. Não se percebe como Portugal se conserva pequenino e pobrezinho com um Presidente assim. É o
fado... talvez.
- Fui, portanto, ontem a Lisboa. Como
vi eu o ambiente de libertação anunciado? É certo que escolhi ir fora dos
horários de ponta, e nessas condições o ambiente é outro. Daí no Fertagus da ida,
não haver praticamente ninguém e os poucos passageiros tinham máscara à moda “du n´importe comment ». No metro pouca gente, pelo Chiado idem. Cafés e
lojas vazias, um ar de abandono presente. A maior parte dos passantes de
máscara e até no Corte Inglês onde fui pagar uma conta e trazer o jantar, quase
vivalma. O pior foi no regresso, pelas cinco horas. O comboio praticamente
cheio em Sete Rios (ou será Jardim Zoológico, o bebé Nestlé que responda).
Então assisti ao abandono das regras de distância e, embora toda a gente
andasse de máscara, o corpo a corpo era inevitável. E é aqui que o perigo
espreita. Dizem os senhores jornalistas que são uma sumidade na matéria, que os
portugueses têm medo de sair à rua e estão a gostar da sornice da casa. Não
sei, não sou jornalista. O que desejo é que as medidas um pouco precipitadas
não descambem em tragédia.
De máscara... furibundo. |
- 15 horas e trinta e um minutos. Dia
de calor. Pela manhã cedo, comecei e acabei de roçar a erva no caminho de casa
ao portão. Trabalhei no Matricida não
tendo chegado às 100 palavras. Fiz um
bolo de limão a que juntei nozes. Uma delícia! Amanhã, provavelmente, abro o lounge. É tempo de soltar a loucura e
fazer dos dias a festa possível dos encantos das noites.