sábado, janeiro 25, 2020

Sábado, 25.
Há um grupo de esquerda que quer ver Ana Gomes em Belém. O artigo de Francisco Assis no Público de hoje, é disso indício. A honesta e corajosa socialista contra o popular Marcelo. Se isso acontecer, irei votar nela de coração cheio. E nisto de artigos e articulistas, não deixo de recomendar a leitura de Pacheco Pereira. Sobretudo aos jovens que são nele citados, mas também aos velhos que não assumem a idade e se tornam ridículos por isso. Já aqui citei diversas vezes e volto a fazê-lo: o que em nós envelhece é o exterior, o interior não tem idade nem tempo. Era assim que pensava Oscar Wilde, não propriamente com estas palavras.

         - O João Corregedor já me tinha dado o lamiré ontem: Rui Pinto deve estar nos alvores do Luanda Leaks. Ele que devia já ter sido premiado por Marcelo (que galardoa jogadores de futebol com tanta frequência), está na cadeia; a “bonita” (é assim que dizem os vassalos dela) e anafada Isabel dos Santos continua a viajar, avião a seguir a avião, como se o mundo fosse o seu jardim de Luanda.

         - O mundo já anda péssimo só nos faltava um vírus para o tornar apavorante. Este é chinês, com origem em Wuhan, uma região com onze milhões habitantes, hoje cativos em casa, sem transportes, entradas cortadas, restaurantes, organismos oficiais, mercados, tudo encerrado. O Governo de Pequim levou a cabo uma operação gigantesca que congrega 40 milhões de almas para lhe fazer frente. Mas o coronavírus já pulou fronteiras e atingiu pessoas nos Estados Unidos, Europa, Ásia. As formigas sãs, propõem-se a mando de Jinping ping ping, construir um hospital de raiz, em Wuhan, por 260 milhões de euros (dois mil milhões de yuans), com 1000 camas, em seis dias!


         - Manhã às compras no mercado de rua dos agricultores. O sol entra sem cerimónia e instala-se por todo o lado no salão onde cintila um fogo risonho. Da cozinha chega o cheiro intenso e agradável do coelho no forno. São quatro da tarde de um dia de duas faces: triste até às duas, jubiloso depois. Vou na página 910 do Diário de Green.