Quinta, 16
A pobre da
Piedade apareceu aí lavada em lágrimas. O neto em concubinagem na sua casa com
uma rapariga de quem tem um bebé de sete meses, fê-la partilhar do drama cada
vez mais frequente nos tempos presentes: cenas de violência. O rapaz julgo que
nem um ano tem de amancebamento e já a GNR foi chamada para travar a ira dela
contra ele. Depois vieram as situações canalhas com a criança recém-nascida a
ser jogada de um para outro. Conclusão:
a separação está instalada. Os guardas vieram acompanhados por uma agente
psicóloga que disse à Piedade que são chamados todos os dias e à vezes várias
vezes ao dia para acudir a este tipo de violência nesta vila de pouco mais
de dezassete mil habitantes. É isto a felicidade “em família”.
- À medida que vou caminhando para o
fim da vidinha airada que foi a de Julien Green entre 1919 e 1940, interrogo-me
com quantos jovens e adolescentes ele teve relações sexuais. As minhas contas
por alto, mais de trezentos. Nestas condições, as preocupações com as doenças
venéreas, idas ao Dr. Rasis eram constantes. A pine do escritor, foi queimada uma data de vezes. De toda a lista de
surpresas, só falta contrair a sífilis.
- Enfim, deu-me para começar a enviar
o O Juiz Apostolatos. Mesmo assim,
por cautela, perguntei se estavam interessados em o ler. Trata-se de uma
editora séria e honesta a quem eu remeti os meus últimos trabalhos, mas não passaram
“porque a temática não se enquadrava na filosofia da casa”.