quinta-feira, janeiro 16, 2020

Quinta, 16
A pobre da Piedade apareceu aí lavada em lágrimas. O neto em concubinagem na sua casa com uma rapariga de quem tem um bebé de sete meses, fê-la partilhar do drama cada vez mais frequente nos tempos presentes: cenas de violência. O rapaz julgo que nem um ano tem de amancebamento e já a GNR foi chamada para travar a ira dela contra ele. Depois vieram as situações canalhas com a criança recém-nascida a ser jogada de um para outro.  Conclusão: a separação está instalada. Os guardas vieram acompanhados por  uma agente psicóloga que disse à Piedade que são chamados todos os dias e à vezes várias vezes ao dia para acudir a este tipo de violência nesta vila de pouco mais de dezassete mil habitantes. É isto a felicidade “em família”.

         - À medida que vou caminhando para o fim da vidinha airada que foi a de Julien Green entre 1919 e 1940, interrogo-me com quantos jovens e adolescentes ele teve relações sexuais. As minhas contas por alto, mais de trezentos. Nestas condições, as preocupações com as doenças venéreas, idas ao Dr. Rasis eram constantes. A pine do escritor, foi queimada uma data de vezes. De toda a lista de surpresas, só falta contrair a sífilis.  


         - Enfim, deu-me para começar a enviar o O Juiz Apostolatos. Mesmo assim, por cautela, perguntei se estavam interessados em o ler. Trata-se de uma editora séria e honesta a quem eu remeti os meus últimos trabalhos, mas não passaram “porque a temática não se enquadrava na filosofia da casa”.