domingo, janeiro 05, 2020

       Domingo, 5.
        Na Austrália, ao fim de dois meses de incêndios que se propagam por todo o território, onde as temperaturas ontem tocaram os 49 graus centígrados, continuam a morrer pessoas queimadas. Não só australianos como milhares de animais, casas e árvores numa dimensão de milhões de hectares equivalente a metade de Portugal. E lembrar-me eu que ainda há dias, na passagem de ano, milhares destes compatriotas faziam a festa ao lado do primeiro-ministro, com fogo de artifício! O egoísmo de uns é a morte de outros. 

                 - O pobre Pedro Sánchez conseguiu depois de vários meses a falatar à direita e à esquerda, formar governo com o Podemos do homem de rabo de cavalo. A ver vamos quantos meses isto vai durar. Até porque as bases do acordo são frágeis, muito fracas, tendo por base um entendimento para a Catalunha. Se nos lembrarmos o que disse o triste socialista sobre esse heroico povo, estamos conversados.

                 - O mundo não espera nada de bom na sequência do acto terrorista de Trump. O homem é um boçal que resolve os problemas à pancada como qualquer marginal. Espero que a Europa habitualmente de cócoras ante um país que sonha dominar o mundo, não ceda à estratégia bélica da aberração que governa os EUA. Fosse quem fosse Qasem Soleomani, o facto é que ele actuava em função da origem imperialista que quis subjugar o Iraque e uma parte do Médio Oriente. À luz de qualquer norma jurídica e de direito internacional, a presença dos americanos no Iraque é uma invasão, uma arrogância que ofende o povo árabe num todo. Além que a morte do líder militar iraniano, foi uma covardia. Não houve combate e aqueles que se julgam mais fortes, atacaram pelas costas como simples e deploráveis assassinos.  
  
         - Dou-me conta ao olhar o número de entradas neste diário resumidas pelo sistema  e aqui registadas no ano que findou, que estive mais presente como nunca. Isso deve-se ao facto de não ter trabalho de fundo no romance e começo a ficar desequilibrado. Mais folgado, despejo o meu interior nestas páginas que, como um condenado que pretende absolvição, expurga ou sacode tudo o que se concentra em preocupações e iras e não o deixar viver feliz. Pelo que, vou seguir o meu método habitual: escrever qualquer coisa, anarquicamente, como se faz na publicidade com o brainstorming a ver o que sai.


         - Este ano apareceu por aqui esta espécie de Belzebus que não sei se são comestíveis ou, pelo contrário, terríveis tentações que me dispenso de qualificar. São parecidos com qualquer coisa demoníaca a que daria o nome de... (shut! não acordes os desejos dos teus leitores).