Domingo,
12.
A minha
desconfiança relativamente ao oportunista Pedro Sánchez, não me atraiçoa. Ainda
o governo não começou a governar, já Pablo Iglesias foi fintado. O pequenote
socialista, contra o Podemos que divulgou antecipadamente a sua equipa
governamental, tirou da manga uma surpresa: um quarto elemento para a
vice-presidência que não tinha sido negociado com o homem do rabo de cavalo.
Esta sacanice, para além de pôr em causa a confiança entre os dois líderes,
diminui o peso político de Iglesias. Mas é a coligação que fica em cheque e
novas eleições se avizinham. Olaré!
- Agradável manhã de sexta-feira em
convívio com a Teresa, Guilherme, Paulo, Carlos numa volta por vários
continentes, a Teresa a bater-nos aos pontos por ter estado duas vezes na
Austrália com duas exposições.
- Um erro de cálculo está na base do
desastre aéreo com o avião ucraniano que se despenhou no aeroporto de Teerão de
onde não saiu ninguém vivo. Este lamentável erro técnico, lançou uma onda de
indignação e revolta no país, estragando a união do povo contra o inimigo
comum: Donald Trump. A seguir com atenção os acontecimentos.
- Green como a irmã Anne, eram
racistas. O escritor vai ao ponto de anotar no Diário: “Physiquement, le nègre
me repugne un peut.” (Pag. 675). E contudo, eu acho que os africanos que têm
cuidado com a saúde, possuem um físico infinitamente mais harmonioso que os
brancos - elas e eles. A cabeça é que descarrila por vezes. (Cheguei à página
700 a esfregar os olhos de cansaço.)
- A prova da desumanização do futebol,
está no facto de a equipa dos sadinos, tendo metade o grupo doente com gripe,
ter solicitado ao rival SCP para adiar o jogo para outro dia. A resposta foi uma
soberba nega e o resultado da partida foi benéfico ao clube de Alvalade. É
verdade que os jogadores ganham bem (os que ganham), mas também não é menos certo
que são explorados e desfeitos em pedaços todos os dias. Desporto é que aquilo
não é. Quando é que o povão começa a pensar e a ver com inteligência?
- Tempo de extasiar. Momentos
deliciosos e belos lá fora ao sol a ler. Pudesse toda a minha vida reduzir-se
ao passeio entre a página e a fímbria de um verde luminoso e seria o homem mais
feliz à face da terra.