Terça, 8.
Novas do petit pays quando as há são sempre desastrosas. Foi o caso ontem. O
jornal da 2 falou da implementação do imposto sobre o sol. Uns dias antes
tinham gozado – e bem – com a ideia, agora dizem que Portugal tem a mais baixa
taxa de imposto sobre habitação. É a técnica dos políticos manhosos e aldrabões.
Comparam-nos com tudo, menos com os ordenados, a Segurança Social, e as
benesses que os franceses e outros povos da saloia UE têm e que nós nunca
iremos alcançar. Todavia, este imposto é dos mais injustos. Primeiro, porque o
sol não é propriedade de ninguém; segundo, porque não era previsível que os
socialistas governassem porque não tiveram a maioria; terceiro, porque sendo
uma coligação de esquerda, não era de esperar uma tal afronta aos portugueses. Acrescento
um quarto ponto, a esquerda que se diz de esquerda e está na sombra do poder
(PCP e BE), mostrou que governa exactamente como a direita e portanto merece a
nossa revolta e o nosso desprezo. O termos experimentado o acordo da dita
esquerda, ofereceu-nos a possibilidade de a conhecer melhor. A partir de agora,
e como eu nunca acreditei nos socialistas, é preferível votar à direita – ao menos
ela não nos engana. Passo Coelho sempre disse ao que vinha.