quinta-feira, novembro 10, 2016

Quinta, 10.
Vamos esperar para ver. É, contudo, para mim evidente que Trump entrou pelos mesmos labirintos que qualquer outro candidato à presidência da república noutro país. O mecanismo falsificado é o mesmo, como é a mesma a catadupa de mentiras, disfarces, idiotices e promessas. A bem dizer não houve nenhum programa definido. O que se conhece são intenções surgidas durante debates-festivaleiros, ao gosto das massas pouco informadas, grosseiros e emotivos. Ideias nenhumas. Os temas versaram cenas da vida íntima que o pagode adora. Mais da parte de Ronald Trump que de Hillary Clinton. Um pouco por toda a parte está no poder pessoas sem qualificações, sem moral nem honra. O dinheiro é o deus supremo, que move montanhas e põe de joelhos toda a classe política. A começar pelos jornalistas que foram humilhados nas suas ambições subservientes. Eles consagram a menina Clinton e puseram na cabeça que o povo devia acompanhá-los nas mesas de voto. Como, de resto, aconteceu há uns anos com Cavaco Silva. Aqui a diarreia verbal é contínua. Televisões, rádios e jornais não se calam pregando toda a sorte de calamidades para os anos a provir. E todavia, nem tudo é mau em Trump a começar pela sua relação à Rússia, a globalização, o horripilante TAFTA, etc.  

         - Cá em casa vejo-me a tratar os meus amigos. Tanto Annie como Robert estão num estado miserável, tosse, dores de garganta, febre. Hoje fui à farmácia comprar o necessário para fazer face a esta calamidade. Se eu passar incólume, é porque possuo um sistema imunológico de pedra. Desde Strasbourg que vivo numa incubadora de vírus: Anne e Bernard, Laure, Annie e Robert.