terça-feira, novembro 22, 2016

Terça, 22.
O país está óptimo, os portugueses confiantes no futuro sob a protecção da UE e dos socialistas didirigos pelo mágico António Costa. Só não se percebe por que motivo eles retiram dos bancos uma soma considerável para a guardar debaixo do colchão. Segundo os jornais, todos os montantes superiores a 100 mil euros desapareceram das contas bancárias. Que ingratos que nós somos! Francamente...

         - Não sei o que diga do meu romance O Pesadelo dos Dias Felizes. Trabalhei nele em Paris, mas de um modo, como direi, ocioso. À distância, não me perguntem porquê, lembra-me O Jornal de um Sedutor de Kierkegaard e não o Tratado do Desespero. Pela densidade, o calvário da memória, a reminiscência do tempo plasmado nas trezentas páginas que aprisionam o destino infeliz de Peter de Santa Clara. Salva-se o Amor enquanto expressão da conduta humana na força da luminescência a provir. Curiosamente, Soeren Kierkegaard, dizia que le désespoir est le péché. No caso da minha personagem, foi a expiação.  

         - O perdão do Papa Francisco. Sua Santidade ordenou que a Igreja perdoasse a todas as católicas que por qualquer razão tiveram necessidade de abortar. É uma decisão cristã que merece o nosso reconhecimento, embora eu pessoalmente me incline para a formação e aconselhamento dos casais no sentido da prevenção e da utilização dos meios técnicos que a ciência pôs ao nosso dispor.


         - Ontem à noite, depois de uma hora ao telefone com a Conceição em que rimos até às lágrimas, disse-lhe: “Hoje não tome essas porcarias para dormir – não precisa. O melhor antídoto do sono é o riso."