Terça, 22.
O país está óptimo, os portugueses
confiantes no futuro sob a protecção da UE e dos socialistas didirigos pelo mágico António Costa. Só não se percebe por que motivo eles retiram dos bancos uma soma considerável para
a guardar debaixo do colchão. Segundo os jornais, todos os montantes superiores
a 100 mil euros desapareceram das contas bancárias. Que ingratos que nós somos!
Francamente...
- Não sei o que diga do meu romance O
Pesadelo dos Dias Felizes. Trabalhei nele em Paris, mas de um modo, como
direi, ocioso. À distância, não me perguntem porquê, lembra-me O Jornal de um Sedutor de Kierkegaard e
não o Tratado do Desespero. Pela
densidade, o calvário da memória, a reminiscência do tempo plasmado nas trezentas
páginas que aprisionam o destino infeliz de Peter de Santa Clara. Salva-se o
Amor enquanto expressão da conduta humana na força da luminescência a provir. Curiosamente,
Soeren Kierkegaard, dizia que le
désespoir est le péché. No caso da minha personagem, foi a expiação.
- O perdão do Papa Francisco. Sua Santidade ordenou que a Igreja
perdoasse a todas as católicas que por qualquer razão tiveram necessidade de
abortar. É uma decisão cristã que merece o nosso reconhecimento, embora eu
pessoalmente me incline para a formação e aconselhamento dos casais no sentido
da prevenção e da utilização dos meios técnicos que a ciência pôs ao nosso
dispor.
- Ontem à noite, depois de uma hora ao telefone com a Conceição em que rimos
até às lágrimas, disse-lhe: “Hoje não tome essas porcarias para dormir – não precisa.
O melhor antídoto do sono é o riso."