segunda-feira, novembro 28, 2016

Segunda, 28.
Grande abada levou Juppé! Para mim previsível. Nunca o considerei uma pessoa honesta e conheço o suficiente dele para manter a minha posição. François Fillon foi correcto, franco, sério, espontâneo, com ideias claras e leal nos propósitos liberais que quer para a França. Só não sei se os franceses entenderam o que os espera com ele na presidência.

         - Deixemos de lado a moda das Primárias, vejamos as verdadeiras eleições. O quadro não é nada prometedor. A Frente Nacional parece sólida e unida e a direita conservadora arrastou-se em massa para Fillon. Resta a esquerda, em França como por todo o lado, dividida, agrupada em torno de um ideário falhado, de pessoas gananciosas, incompetentes e ensandecidas. Vai ser obrigada a votar, humilhada, em François Fillon contra Marine Le Pen. Entre um e outra, venha o diabo e escolha. Do lado dessa esquerda caviar e champanhe, perfilam uma série de multívolos que não hesitam em vender o pai e a mãe para conseguir os seus miseráveis intentos. Nesta altura, nada mais nada menos que umas cinco ou seis personagens qual delas a pior. Sem contar com Hollande que se vê atacado no interior do seu próprio partido, com o nervino Manuel Walls a disputar-lhe o lugar e um score de menos de dez por cento de estima popular. Mesmo assim, eu acho que o pobre homem vai recandidatar-se. A pobreza humana a que chegou, não lhe permite enxergar-se. Um tipo que contrata, a apensas do Estado, um cabeleireiro por 10 mil euros/mês para lhe tratar as farripas, é capaz de tudo. O socialista que no poder fez em tudo o contrário do que prometeu, só merece o desprezo dos seus concidadãos. Dir-me-ão que interessa isso da careca do infeliz, responderei o homem, ele e todos nós, somos um todo. Tudo se interliga, tudo nos engrandece e empobrece. Cada gesto é parte de uma multiplicidade de outros gestos. Para não falar do organigrama social que se apoia no capital como único recurso da dignidade humana. O desastre da esquerda, foi ter embarcado na loucura da direita, servindo-se dos mesmos esquemas, mentiras, jogos de poder, subserviência ao imperialismo americano que quer conquistar o mundo e arrastar multidões para a pobreza e a escravatura, descaracterizar os povos, torná-los semelhantes a pulgas construídas em laboratórios, de que a globalização, a União Europeia, os contratos comerciais, são a pura demência de uma política que tem vindo a ser implementada com a esquerda de joelhos a aplaudir.  

         - Mas o faz-de-conta está em todo o lado. Quem não alinha sofre as consequências. Isto de ser independente, é terrível. Possuir as suas próprias ideias, pensar pela sua cabeça, dizer corajosamente aquilo que se pensa, não é para os nossos dias. Viver isolado, centrado nos valores que dimensionam a existência e são na solidão a génese do futuro, obriga à desistência do pacote correspondente de facilidades e cumplicidades, amizades pervertidas e interesses de agremiação. Para mim, o pior de tudo é mentirmos a nós mesmos. Veja-se o caso do futebol - não só na Liga Inglesa -, onde a homossexualidade está materializada não nos afectos, prazeres consentidos e saboreados, mas no submundo que organiza a frustração, encolhe o desejo e subverte pelo abuso contra rapazes indefesos e gananciosos da fama saloia que o futebol oferece como saída à miséria e à pobreza. Alguns jogadores de renome que ousaram expor a sua sexualidade foram de tal modo insultados, ostracizados, achincalhados que encontraram no suicídio a saída ao martírio. O futebol inglês conhece os seus nomes. Outros, famosos, pelo seu comportamento, aquilo que escondem exibindo, denunciam o que eles não têm coragem de nomear e seria de grande proveito para a comunidade homossexual. O grupo de raparigas contratadas para disfarçar o óbvio, os amores fantasiosos que os dão como os maiores machos do mundo, as ligações suspeitas que os filhos feitos no esconso da alma pontuam de falsidade, a exibição do corpo como objecto de atracção e sedução, tudo isso e o que sobra de tristeza que a fama e o proveito monetário disfarça, são a fotografia de um universo onde corre a lama que suja toda a corporação desportiva.


14,55 – Acabo de receber o pedido de publicação neste blogue, feito pelo Dr. Domingos Braga da Cruz, médico no Hospital da Prelada, no sentido de encontrar algum dador de sangue, do tipo O Rh negativo, para um desportista de 15 anos, em estado muito difícil. Se algum dos meus leitores estiver ou conhecer alguém com capacidade para dar vida a este rapaz, ficamos todos muitíssimo gratos. Contacto 96 977 65 49