sexta-feira, novembro 04, 2016

Sexta, 4.
Visita a Chantilly em companhia da Annie, Françoise, Elyette e Robert com o objectivo de ver a exposição sobre o Grand Condé, marechal e primo de Louis XIV, que decorre numa ala do palácio. Coisa fracote, apenas com o fito nos euros que entram em caixa, para manter a estrutura que é privada e precisa de muito dinheiro para se manter. À parte umas quantas gravuras, duas ou três telas, uma ou outra coisa do duque d´Aumale, tudo o resto não me atraiu ou porque já conhecia a história ou porque o que vi-a era de somenos interesse. Todavia, bilhete comprado, entrámos nas Grandes Écuries, obra de Louis II de Bourbon-Condé, um vasto museu consagrado ao cavalo, maravilhosamente apresentado, a história a decorrer em vários planos, dos estáticos aos electrónicos, de Napoleão ao tempo presente onde uma escola de equitação se mantem activa. Dos estábulos que acolhem os cavalos, ao anfiteatro onde actuam, passando pelos recintos onde jóqueis treinam, tudo sob o luxo, o equilíbrio arquitectónico impressionantes, o arrumo e asseio, para nada dizer dos jardins que cercam a estrutura onde não pudemos passear porque a chuva caía com força e sem descanso. A meio do percurso, fizemos uma pausa para o almoço descontraído no restaurante que eu fiz questão de oferecer. 

Sou pela força e a beleza que eles representam 

         - Até porque o Robert quis satisfazer o meu pequeno desejo de ir um pouco mais adiante, uns quinze quilómetros, reviver o mosteiro de Royaumont, que acolheu Saint-Louis. Eu tinha visto em TV5Monde um filme sobre os novos trabalhos de restauro e estava curioso de conhecer o que deles resultou. Havia uns cinco anos que lá tinha ido e o que vi hoje encheu-me os olhos de espanto ante a beleza da fachada. A parte esquerda do edifício foi toda limpa, deixando ver a pedra imaculada, sobretudo o refeitório, os dormitórios, com aquecimento no chão, o claustro ainda em restauro, mas belíssimo com suas arcadas onde nos demorámos em contemplação vendo a chuva cair nos jardins... O mosteiro acolhe estudantes de música, bailarinos, instala-os numa parte lindíssima, faz seminários, concertos, tudo em favor da arte e dos artistas.  Regressámos a Paris já a noite tinha descido sobre a cidade.

Royaumont 
         - Ontem Commérages ininterrompus com Robert numa esplanada dos Champs Élysées onde abancámos para um almoço ligeiro.