Sexta, 4.
Visita a Chantilly em companhia da Annie,
Françoise, Elyette e Robert com o objectivo de ver a exposição sobre o Grand
Condé, marechal e primo de Louis XIV, que decorre numa ala do palácio. Coisa
fracote, apenas com o fito nos euros que entram em caixa, para manter a
estrutura que é privada e precisa de muito dinheiro para se manter. À parte
umas quantas gravuras, duas ou três telas, uma ou outra coisa do duque
d´Aumale, tudo o resto não me atraiu ou porque já conhecia a história ou porque
o que vi-a era de somenos interesse. Todavia, bilhete comprado, entrámos nas
Grandes Écuries, obra de Louis II de Bourbon-Condé, um vasto museu consagrado
ao cavalo, maravilhosamente apresentado, a história a decorrer em vários
planos, dos estáticos aos electrónicos, de Napoleão ao tempo presente onde uma
escola de equitação se mantem activa. Dos estábulos que acolhem os cavalos, ao
anfiteatro onde actuam, passando pelos recintos onde jóqueis treinam, tudo sob
o luxo, o equilíbrio arquitectónico impressionantes, o arrumo e asseio, para
nada dizer dos jardins que cercam a estrutura onde não pudemos passear porque a
chuva caía com força e sem descanso. A meio do percurso, fizemos uma pausa para
o almoço descontraído no restaurante que eu fiz questão de oferecer.
- Até porque o Robert quis satisfazer o meu pequeno desejo de ir um
pouco mais adiante, uns quinze quilómetros, reviver o mosteiro de Royaumont,
que acolheu Saint-Louis. Eu tinha visto em TV5Monde um filme sobre os novos
trabalhos de restauro e estava curioso de conhecer o que deles resultou. Havia
uns cinco anos que lá tinha ido e o que vi hoje encheu-me os olhos de espanto
ante a beleza da fachada. A parte esquerda do edifício foi toda limpa, deixando
ver a pedra imaculada, sobretudo o refeitório, os dormitórios, com aquecimento
no chão, o claustro ainda em restauro, mas belíssimo com suas arcadas onde nos
demorámos em contemplação vendo a chuva cair nos jardins... O mosteiro acolhe
estudantes de música, bailarinos, instala-os numa parte lindíssima, faz seminários,
concertos, tudo em favor da arte e dos artistas. Regressámos a Paris já a noite tinha descido
sobre a cidade.
Royaumont |
- Ontem
Commérages ininterrompus com Robert
numa esplanada dos Champs Élysées onde abancámos para um almoço ligeiro.