sexta-feira, novembro 25, 2016

Sexta, 25.
O Público de hoje traz um artigo muito sério sobre a depressão que persegue os portugueses. Diz o jornal que um terço da população tem uma doença mental; 6,8 por cento dos casos analisados foram considerados graves; 40 por cento dos indivíduos não tem dinheiro para pagar as despesas; 50 por cento dizem ser o corte de rendimentos, salários e pensões, a causa principal da doença; 27 por cento dos portugueses procuraram ajuda através dos médicos de família. Perante uma tal desgraça, que nos dizem os políticos? Nada. Como não consta que entre eles alguém sofra da crise que atinge a maioria dos portugueses, entretêm-se com as minudências da governação de que a novela da CGD é nesta altura exemplo. Através dela, até podíamos andar todos à gargalhada e assim curar a depressão, mas a coisa é bem mais séria e quem ganha são os laboratórios e as farmácias. Atrás dos ansiolíticos, vêm outras patologias. Parece que os jovens são os mais afectados. Não admira. Nasceram numa época de falso progresso, de direitos em catadupa, de educação montada na opulência de porcarias inúteis e pouco nos afectos, não foram preparados para perceber que a vida é um gráfico que não pára quieto. A política e a cultura não lhes interessa e por isso nem se acautelam contra os truques que o Mágico sorridente que nos governa tira todos os dias da cartola.


         - Fui fazer uma hora de natação. A funcionária logo que me viu chegar, exclamou: “Bom dia! Ora seja muito bem-vindo! Há muito tempo que anda fugido!” Que dizer?