quinta-feira, dezembro 10, 2020

Quinta, 10.

Vi e ouvi pela televisão a tradução do drama criado no jogo Paris Saint-Germanin e o Basaksehir de Istambul. Não retiro uma palavra ao que ontem escrevi, e acrescento umas mais. A imagem dos africanos revoltados contra o árbitro, pareceu-me ridícula. O que me ficou foi que eles, com o seu comportamento excessivo acusando o árbitro de racista, mais não fazem que exibir o complexo de inferioridade que há muito devia ter sido ultrapassado. Prefiro aquele jogador negro brasileiro, ante a banana arremessada das bancadas, apanha-a, come-a e depois retoma o jogo chutando de canto. Óptima bofetada de luva branca. Os racistas – aqui com propriedade – devem ter engolido em seco o gesto digno e nobre do jogador. Este é cá dos meus! 

         - A minha revolta, se os meus leitores bem se recordam, remonta ao início dos inícios conforme entrada neste blogue a 14 de Maio. Pois só agora a directora do SEF, a espampanante Cristina Gatões (cruzes que nome!), foi demitida. O titular da pasta do Ministério da Administração Interna, na verdade ministro do partido socialista que tem por chefe António Costa, devia também ser posto na rua.  Como outrossim não vi grande indignação por parte dos partidos e sindicatos, à excepção, honra lhe seja feita, da menina do BE. Aquela organização sempre andou à balda, e na mesma ocasião, até decorreu nas instalações de Oeiras uma festa da qual resultaram uns quantos contaminados com coronavírus. Um país do terceiro mundo como o nosso, tem os políticos que merece, despreza os seres humanos e exerce o poder em cartel mafioso, matando um ser humano que se vem acolher à nossa guarda e depois inventando toda a sorte de mentiras e esquemas para encobrir o crime. Que organização é esta, que gente é esta que mais parece uma associação de assassinos e malfeitores! Resta que, se fosse alguém com nome, logo o Chefe de Estado e Primeiro-Ministro viriam, chorosos, apresentar condolências. Como é um pobre ucraniano que não dá votos, ninguém conhece, um trapo sujo posto no caixote do lixo do SEF. Que sacanagem! Não tenho nenhuma confiança em vós, desprezo as vossas políticas, não acredito que sejam competentes para os cargos que ocupam. Que nojo, senhores! 

         - Dia neutro. Frio e humidade. Fui buscar não sei a que lugar de mim, a serenidade que a escrita exige. Narrei a cena na esquadra de Anadyr, onde a revolução introduzida por Mikhail Gorbatchev ali não chegou como de resto a toda a região de Chukotka.