domingo, dezembro 20, 2020

Domingo, 20.

Os políticos que estão à frente das organizações sociais, todos ou quase conheceram o desrespeito que o antigo regime tinha pelos cidadãos e, então, fieis aprendizes do passado, não incorporaram que a democracia pela qual muitos se bateram, é o regime onde não há nobres e plebeus. O que se passa no SEF é disso retrato actual. Tudo o que o Governo diz só agora descobrir, já ele conhecia em catadupa por queixas escritas pelos pobres imigrantes visados pela selvajaria dos funcionários. Quem em Portugal se sentir maltratado ou ostracizado pelos organismos públicos, não perca tempo em protestos escritos, dirija-se directamente a um qualquer canal de televisão e logo vê a justiça realizada. Ganha ele, pobre vexado, e lucra o canal com tempo de antena para a lágrima que tanto atrai os espectadores deste país do terceiro mundo. 

         - Bem prega frei Tomás. Os líderes europeus, nomeadamente, da França, Espanha, Portugal, Holanda e passo, são óptimos a defender os cidadãos da Covid-19 impondo-lhes restrições de toda a ordem. Depois vai-se a ver, são os primeiros a infringirem-nas como atesta a infecção por coronavírus de Macron, o confinamento por ameaça de Costa e do pobre Sanchez, entre outros. No Eliseu, o monarca Chou Chou, fartou-se de dar almoços e jantares, à direita e à esquerda, abracinhos queridos, pancinhas contra pancinhas, sem ter em conta o distanciamento que impôs aos seus súbditos. Um cura a doença no palácio de Versalhes, pois então!, o nosso no palácio que pertencera a Salazar; ambos com médicos à cabeceira da cama, os melhores remédios e bons tratos por chefes de cozinha.Em democracia, caros leitores, somos todos iguais e isso é óptimo, óptimo, óptimo! Mas não se esqueçam que a ceia de Natal este ano é na estrebaria. 

         - Assisti à missa transmitida pela RTP1 dos Açores. O celebrante, um padre spedado, nervoso, de palavra vomitada disse que este ano temos que festejar o Natal na estrebaria em alusão ao nascimento de Jesus. Que o Senhor tenha compaixão da Igreja de hoje. 

         - Mais esta de frei Bento Domingues. Falando do meu santo protector, Francisco de Assis, a quem se deve o primeiro Presépio, diz ele: “Não me refiro ao Pai Natal, porque não sou apreciador de Coca-Cola.” Já somos dois, caro dominicano.