sexta-feira, novembro 20, 2020

Sexta, 20.
Passei na Brasileira e tomei café com a malta. Sobretudo fui lá para dar coragem ao António que vai fazer duas operações segunda-feira e tem a fobia das doenças. O pobre anda tão nervoso que sente tudo – o que tem e o que nunca teve. Depois estive no C. I. a liquidar a conta do mês. A loja estava cheia de gente a “achatar a curva”; a multidão era tal, que a curva não só achatou, como ficou uma linha ridícula a questionar “que é isso da Covid-19”. 

         - Li as primeiras 40 páginas do espesso livro de seiscentas que constitui o Diário-Cartas de Mansfield. Trata-se de uma edição publicada pela Portugália, com prefácio de João Gaspar Simões e tradução de Manuela Pôrto que eu comprei num antiquário há uma data de anos. Fui pondo-o de parte. Quando arrumava a biblioteca, pensava iniciar a sua leitura – sempre protelada. Apesar das muitas referências da dama de Bloomsbury nem sempre amigáveis, observei que havia ali uma certa rivalidade entre as duas e isso atraía-me. Verifico agora - conhecendo sobremaneira Virginia Woolf -, que o confronto artístico e pessoal entre elas era o de duas titãs.