sábado, novembro 07, 2020

Sábado, 7.

Quando sintonizei a TV5Monde, apanhei o anúncio de um programa musical ao gosto dos tempos presentes chamado live - significado que se presta a uma série de interpretações. O homem que o apresenta não tem a simpatia do Robert que, quando o vê no ecrã, muda de canal como aconteceu o ano passado por esta altura. Eu disse: “Tem graça eu também não nutro nenhuma atração por esta figura. Tem um ar libidinoso que me desagrada.” Diz a Annie: “É isso! Vocês os que escrevem encontram sempre a palavra certa. Nós sabíamos que não o apreciávamos, mas não sabíamos dizer  porquê.” 

         - A mãe dos Black que eu detesto, não sei como, dormiu na cozinha. Esta manhã, mal entrei, levei uma chapada de horrível cheiro. Na cozinha e casa de banho, encontrei a razão. Abri então as janelas e porta e limpei de mola no nariz a sujidade. Se até aqui lhe ia dando de comer, agora dou-lhe com o cabo da vassoira. Furibundo, não autorizei que os filhos entrassem em casa durante todo o dia, farto de gataria! 

         - Às vezes pergunto-me o que restará destes milhares de palavras quando um dia fechar os olhos. Depois, reflectindo um segundo, digo: “se ficar uma só ideia ou sentimento, já valeu o esforço, até porque comigo o que há para saber está e sempre esteve à vista. Não faço fretes a ninguém e muito menos a mim próprio”.  

         - E vão cinco dias depois das eleições nos Estados Unidos sem conhecermos o vencedor. As tricas entre os dois candidatos e clãs associados, não param enquanto os votos são contados tombando ora para um lado ora para outro. A ambos esta máxima: Where there´s life there´s hope.

         - Tempo incerto. Terminei a poda das hortênsias no terraço em frente à casa e com o carro de mão depositei-as no último monte próximo do portão. De manhã fui aos pequenos agricultores, em Pinhal Novo. Folguei da escrita e leituras, o cérebro já me agradeceu. Está para chover, anuncia o vento que por aqui passa num sufoco. São 15 horas e 24 minutos.