terça-feira, junho 23, 2020

Terça, 23.
O Mágico teve de arrepiar caminho face ao aumento de coronavírus na grande Lisboa. Devia tê-lo feito há pelo menos dez dias quando era já evidente o anúncio da catástrofe. Claro está que a culpa não é dele, é de todos aqueles que passeiam indiferentes aos outros sem máscaras e decerto nenhum outro resguardo, como eu presenciei hoje no trajecto até à capital. Vi velhas e velhos na estação sem protecção, embora no interior do comboio houvessem dois gorilas espadaúdos a controlar os infractores. Seguranças, portanto. Eu que sou dado a observar, diria dois modelos desfilando na passarela da carruagem, porque o corpo dengoso exibia-se para lá do ofício para que foram contratados...  Bom, cala-te boca.


         - Quer saia quer fique por aqui, como hábito de verão, termino o dia sentado no terraço a tomar chá e a saborear a brisa da tarde, depois de umas braçadas na piscina. É o meu luxo, o único luxo perder-me a admirar o brilho intenso das hortênsias quando o sol mais brando lhes glorifica a beleza.